PARTILHA DE RECURSOS ESPACIAIS ENTRE LAGARTOS DE UMA ÁREA DE MATA ATLÂNTICA DE SERGIPE, BRASIL

Autores

  • CHARLLES MYLLER MACHADO Universidade Federal de Sergipe (UFS)
  • JOSÉ LEITON VILANOVA-JÚNIOR Universidade Federal de Sergipe (UFS)
  • MAYANE SANTOS VIEIRA Universidade Federal de Sergipe (UFS)
  • RENATO GOMES FARIA Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Palavras-chave:

Microhábitat, Mata Atlântica.

Resumo

Os organismos utilizam regiões do ambiente que lhe propiciem melhores recursos e condições para a perpetuação da espécie. Lagartos, por exemplo, utilizam regiões que disponibilizem recursos e condições específicas (microhábitat). Para Mata Atlântica, pouco se conhece a respeito de espécies de lagartos, principalmente quando se leva em consideração formações mais fechadas. Assim, o presente trabalho teve por objetivo descrever a partilha de recursos espaciais entre lagartos de um fragmento de Mata Atlântica de São Cristóvão, Sergipe, Brasil. Para a captura dos lagartos foram utilizadas armadilhas de queda (pitfalls), busca ativa e armadilhas de cola para as espécies arborícolas. Para cada animal capturado, foram coletadas informações como: condições do tempo; exposição do lagarto ao sol e altura de empoleiramento. Ao total foram registrados 208 lagartos pertencentes a 11 espécies e oito famílias. Foram frequentes principalmente em dias ensolarados, sendo verificados utilizando mosaicos de sol e sombra, podendo estar relacionado à fuga de altas temperaturas. A maior riqueza de espécies foi verificada para a área fechada, podendo ser explicado devido esses ambientes possuírem grande gama de microhábitats a serem explorados e dessa forma contribuir para a coexistência de espécies. A espécie Norops ortonii possuiu maior média para altura de poleiros, contribuindo com resultados já conhecidos de sua biologia. Em relação à amplitude de nicho espacial, a espécie Tropidurus hispidus foi considerada generalista, já sendo um resultado esperado visto sua biologia já bem conhecida como espécie generalista. Para o uso dos microhábitats foi observada falta de estruturação da taxocenose estudada, sendo a média de sobreposição maior do que a esperada ao acaso ( medobs = 0,49 e medsim = 0,18). Tal resultado pode estar relacionado ao nível de antropização local, visto que a estrutura do hábitat pode influenciar diretamente na organização das taxocenoses nele presente.

Biografia do Autor

CHARLLES MYLLER MACHADO, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Biologia, Laboratório de Cordados

JOSÉ LEITON VILANOVA-JÚNIOR, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Biologia, Laboratório de Cordados

MAYANE SANTOS VIEIRA, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Biologia, Laboratório de Cordados

RENATO GOMES FARIA, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Programa de pós-graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Federal de Sergipe.

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Publicado

2016-10-16

Edição

Seção

Artigo (Original, Técnico, Revisão)