BARES TRADICIONAIS NO RIO DE JANEIRO: A HERANÇA PORTUGUESA NO PATRIMÔNIO CULTURAL CARIOCA

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DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v7n14p101-124

Resumo

O presente artigo é um dos primeiros resultados da pesquisa que investiga o bar tradicional como bem cultural carioca. Na pesquisa, além de levantamento bibliográfico sobre o tema, realizaram-se entrevistas nos primeiros doze bares registrados pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Para o presente artigo destacamos uma série de análises, a partir das referências bibliográficas, que nos ajudaram a compreender a imigração portuguesa nos séculos XIX e XX como uma influência cultural, que contribuiu definitivamente para a construção dos valores que hoje se reconhecem nos bares tradicionais cariocas, a ponto de elevarem alguns desses bares à patrimônio cultural carioca. No Rio de Janeiro, os bares são lugares que conjugam espaço privado e espaço público, casa e rua, entes vivos da cidade e dos cariocas que experimentam ali momentos de tempo livre e lazer. Nossa principal hipótese é a de que os bares tradicionais se tornaram bens culturais justamente porque sua historicidade e as sociabilidades que ensejam contribuem para a construção e o entendimento do que é a cultura urbana carioca desde o passado até os dias de hoje.

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Biografia do Autor

Amanda Danelli Costa, UERJ

Doutora em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Brasil (2011). Professora Adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Leonardo de Carvalho Augusto, PUC-Rio

Doutorando em História pela UERJ. Professor da PUC-Rio e do IBC

Thais Alves Corrêa Rodrigues, UERJ

Bacharela em Turismo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro

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Publicado

01-03-2020

Como Citar

COSTA, Amanda Danelli; AUGUSTO, Leonardo de Carvalho; RODRIGUES, Thais Alves Corrêa. BARES TRADICIONAIS NO RIO DE JANEIRO: A HERANÇA PORTUGUESA NO PATRIMÔNIO CULTURAL CARIOCA. Ambivalências, São Cristóvão-SE, v. 7, n. 14, p. 101–124, 2020. DOI: 10.21665/2318-3888.v7n14p101-124. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Ambivalencias/article/view/12308. Acesso em: 22 dez. 2024.