AS RELAÇÕES ENTRE OS ARTESÃOS FILIGRANEIROS DE NATIVIDADE, TOCANTINS E O TURISMO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v7n14p29-56

Resumo

A cidade de Natividade fica no Tocantins, sendo a primeira localidade tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no Estado. Um traço que codifica a cidade, considerada um patrimônio cultural imaterial por seus moradores é a secular fabricação de joias utilizando a técnica da filigrana, que consiste em curvar e trançar fios de ouro ou prata, formando grãos. No que diz respeito ao turismo, ficou descortinada a tendência a visitação às ourivesarias por parte de visitantes que valorizam o turismo cultural. Tal fato mobiliza a economia da cidade e atrai dividendos. O objetivo principal deste trabalho foi investigar como a as joias tradicionais e/ou filigranadas de Natividade marcam a relação da sociedade com o lugar, dinamizando as relações sociais e econômicas das pessoas. A pesquisa está inserida na perspectiva da geografia cultural e teve como principais conceitos abordados: patrimônio, identidade, turismo e o lugar.  No que se refere à metodologia, a pesquisa foi realizada através da abordagem qualitativa bola de neve. No total, entrevistou-se 44 pessoas, entre ourives, ex-ourives, aprendizes, moradores e sujeitos ligados ao turismo local. Fez-se uso também da pesquisa documental. Percebeu-se que passado e presente continuam entrelaçados como tênues fios que dão origem as peças em filigrana, e que essa manifestação artística, além de simbolizar, também fortalece o espaço em que está inserido.

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Biografia do Autor

Wátila Fernandes Bonfim, Seduc-TO;Semed-Dianópolis

É graduado em História (UFT), pós-graduado em História Social (UFT) e mestre em Geografia (UFT).

Rosane Balsan, Universidade Federal do Tocantins

É Doutora em Geografia, professora do mestrado em Geografia (UFT). Trabalha com geografia do turismo e patrimônio histórico.

Referências

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Publicado

01-03-2020

Como Citar

FERNANDES BONFIM, Wátila; BALSAN, Rosane. AS RELAÇÕES ENTRE OS ARTESÃOS FILIGRANEIROS DE NATIVIDADE, TOCANTINS E O TURISMO. Ambivalências, São Cristóvão-SE, v. 7, n. 14, p. 29–56, 2020. DOI: 10.21665/2318-3888.v7n14p29-56. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Ambivalencias/article/view/12310. Acesso em: 22 dez. 2024.