CORPO DESCONEXO
O (A) IMIGRANTE NO TG1 ITALIANO
DOI:
https://doi.org/10.21665/2318-3888.v10n19p12-39Resumo
Este artigo traz alguns dos resultados de minha pesquisa de doutorado sobre o corpo do (a) imigrante na mídia italiana, cuja coleta de dados foi feita entre os meses de dezembro de 2018 e junho de 2019. Por seis meses assisti e coletei imagens e discursos no arquivo online do telejornal estatal, com o maior índice de audiência no país, o Telejornal 1 (TG1), do canal estatal RAI1, das 20 horas, acerca da produção imagética do corpo(i) migrante. A escolha da fonte se deu devido à importância da Itália no contexto atual das migrações, como uma das principais portas de entrada, através do mar Mediterrâneo, para refugiados e imigrantes a caminho da Europa. Além disso, na minha pesquisa de mestrado, durante o trabalho de campo na cidade de Verona, os corpos se impuseram como o elemento latente na questão do discurso da insegurança, tanto pelos imigrantes quanto pelos italianos entrevistados. Nos últimos anos, a Itália também aprovou uma série de leis que violam direitos e tratados internacionais, criminalizam e dificultam a entrada e a permanência de imigrantes no seu território, além de propagar uma política racista, xenófoba e produtora de violência contra corpos racializados. Estudar uma das agências produtora e reprodutora de corporeidades que, apontam corpos matáveis e descartáveis, e exerce um grande poder simbólico sobre as famílias, é de suma relevância no contexto globalizado.
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