ICONOGRAFIA DA VIOLÊNCIA
CONSUMO E LEGITIMAÇÃO DO SOFRIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.21665/2318-3888.v10n20p179-211Resumo
O presente artigo tem como objetivo investigar como o consumo de violência acarreta na legitimação de mortes e sofrimento na sociedade. O método empregado para realizar tal investigação foi a etnografia em mídias sociais, o trabalho de campo foi realizado durante três meses em grupos de Whatsapp que alimentavam páginas e jornais policialescos do estado de Sergipe. O artigo é dividido em três partes: a primeira contextualiza a presente etnografia em um contexto maior que a mídia expôs a sociedade brasileira; a segunda aborda uma discussão teórica sobre a importância do luto para pensar a sociedade e sua relação com as imagens; e, a terceira discute o material empírico, dividido em subitens que refletem sobre a produção de corpos descartáveis, sobre linchamentos, violência do Estado e caça aos rostos expostos em imagens. Como resultado, foi possível observar que os discursos produzidos por esses grupos de consumo de violência se dividem em discursos de banalização da violência e estigmatização que atingem a certos estratos da sociedade (assim como o homem negro e outras populações periféricas) e, discursos de intervenção, que surgem pela excitação ao ver violência policial ou pedir para que os policiais realizem ações com mais violência.
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