JUREMA E TRANSIÊNCIA ONTOLÓGICA
DAS MATAS ÀS CIDADES, DO BRASIL A PORTUGAL
DOI:
https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p49-75Resumo
O presente artigo tem como objeto de análise a interação da planta jurema com o humano em novas paisagens ritualísticas e espirituais. Existe um legado histórico e cultural conexo dos estudos sobre a jurema no Brasil, ainda fortemente relacionados com o seu uso no âmbito das religiões de matriz africana e indígena. No entanto, essa conexão parece estar a proporcionar novos vínculos através de fluxos emergentes e interações que vão além dessas estruturas e limites tradicionais. Pretende-se assim, contribuir para uma melhor compreensão daquilo que são transiências ontológicas a partir do estudo de caso da jurema que parece transcender não só a sua própria categoria de planta, mas também a posição que ocupa no espaço através da sua expansão cultural para Portugal. Partindo da lente científica da Antropologia tem sido possível, através do método etnográfico, submergir nessa intrincada relação planta-humano, analisando a transição dos cenários por onde a jurema está trilhando. Para isso, a partir da realização de trabalho de campo no Brasil (2019 a 2021) e em Portugal (iniciada de forma exploratória em 2022) foi-se perscrutando essa relação que permitiu estabelecer diálogo direto com alguns interlocutores. Neste sentido, as primeiras impressões em torno dos rituais de jurema praticados em Portugal, estes “outros” sujeitos parecem procurar um desenvolvimento mediúnico; melhoria de condições vida e bem-estar em todos os campos (físico, mental, financeiro, espiritual); superação de dificuldades, projetando na entidade jurema: um apoio, um auxílio, ensino e força para prosseguirem a sua vida terrena.
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