REFLEXÕES SOBRE AS IDENTIDADES-CONSUMO NA AMÉRICA LATINA SOBRE A ÓTICA DA ATIVIDADE TURÍSTICA
DOI:
https://doi.org/10.21665/2318-3888.v2n3p218-237Resumo
A atividade turística relaciona-se, diante da sua complexidade, com elementos midiáticos que estimulam o consumo de determinados destinos e culturas. Os planejadores turísticos transformaram e continuam transformando cidades, a história, a memória e o patrimônio cultural material e imaterial de grupos sociais específicos, entendidos como elementos representativos das identidades, em atrativos turísticos, ou seja, em objetos de consumo. Tal fabricação possui como base de sustentação o planejamento turístico e a sua difusão se dá a partir das diferentes mídias utilizadas na promoção turística. Consumir as identidades-consumo é consumir simbolicamente o “outro” e tal prática gera “distinção” entre os grupos sociais, constrói imaginários e alimenta a “concorrência “inter-cidades” no mercado latino dos deslocamentos programados para fins turísticos. Neste sentido, os planejadores turísticos motivam os deslocamentos temporários por meio da possibilidade destes viajantes terem contato com outras culturas e conhecimentos, por meio do consumo simbólico dos elementos identitários do “outro”. É por meio do consumo simbólicos das representações identitárias de grupos sociais específicos que o turista ou visitante passa a identificar cidades e/ou países na promoção turística dos destinos. Considerando tais aspectos o presente estudo visa desenvolver reflexões sobre a relação entre o turismo, o turista e as identidades-consumo a partir de algumas observações sobre a promoção turística de algumas cidades latinas em sites de turismo aqui pesquisados. Observou-se, nos sites promocionais verificados, a representação de elementos considerados típicos de certos destinos turísticos como o Mariachi no México, a presença das comunidades guaranis na argentina, a exposição da gastronomia típica através dos Chivitos uruguaios, o Chorizo argentino, o Ceviche peruano, as Cachapas e as Arepas venezuelanas e as empanadas e o Charquicán do Chile, por exemplo. Entre os diversos aspectos identitários de uma localidade os planejadores turísticos acabam tornando representativos alguns deles passando a identificar as cidades e os seus residentes. Ciente de tais informações, o turista busca consumir “o que é do lugar”.
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