EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E SOBREDOTAÇÃO

Autores

  • Ana Karina Costa Santos Universidade Aberta de Lisboa
  • Natália Ramos Universidade Aberta de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v2n4p06-34

Resumo

O presente artigo apresenta, de forma resumida, uma investigação de doutoramento (Santos, 2012) realizada na Universidade Aberta de Lisboa. O trabalho objetivou conhecer e compreender os processos de desenvolvimento de algumas dinâmicas familiares, escolares e socioculturais de crianças sobredotadas residentes em Portugal (nos distritos de Setúbal e Lisboa) e que frequentam instituições escolares (do ensino público ou particular) do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Considerou-se de efetiva importância entender de que forma as famílias e as escolas gerem as problemáticas inerentes às crianças sobredotadas e qual o nível de aceitação destas crianças nas famílias, por parte dos colegas e professores nas escolas, mas também no meio sociocultural em que vivem e se encontram inseridas. Entendeu-se também pertinente indagar se as instituições escolares estão preparadas para operacionalizar a efectiva inclusão das crianças sobredotadas, proporcionando-lhes a oportunidade de um ensino adequado, que responda de forma positiva às suas necessidades específicas e individuais, valorizando e potenciando as suas capacidades e respeitando a sua singularidade. Este artigo aborda especificamente a importância da educação intercultural e a perspetiva intercultural na área da sobredotação. Para realizar este estudo utilizou-se a metodologia de investigação qualitativa. Optou-se por um estudo de tipo descritivo, na categoria de estudos de caso. Inferiu-se que os pais e os educadores/professores revelam dificuldades significativas na compreensão da problemática da sobredotação, o que dificulta notoriamente a organização de intervenções ajustadas aos problemas que poderão surgir com estas crianças e jovens, resultando em limitações e fragilidades na criação das condições necessárias à adequada promoção do desenvolvimento emocional e psíquico das mesmas e à plena maximização de todo o seu potencial e criatividade. Assim, se as famílias e as escolas/professores compreenderem a problemática da sobredotação e beneficiarem de estruturas de apoio adequadas e um efetivo acompanhamento na intervenção junto destas crianças, existirão menos dificuldades na gestão dos problemas observados ao nível familiar e escolar, o que irá contribuir claramente para uma visão positiva da sobredotação e uma melhor aceitação, compreensão e inclusão destas crianças nas famílias, nas escolas e na sociedade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Karina Costa Santos, Universidade Aberta de Lisboa

Doutorada em Ciências da Educação, na Especialidade em Educação Multicultural/Intercultural, pela Universidade Aberta de Lisboa. Investigadora do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Universidade Aberta de Lisboa (CEMRI-UAb) – Grupo de Investigação “Saúde, Cultura e Desenvolvimento”.

Natália Ramos, Universidade Aberta de Lisboa

Doutorada e Pós-Doutorada em Psicologia. Professora Associada da Universidade Aberta (Lisboa). Investigadora do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Universidade Aberta de Lisboa (CEMRI-UAb), onde coordena o Grupo de Investigação “Saúde, Cultura e Desenvolvimento”.

Downloads

Publicado

09-05-2015

Como Citar

SANTOS, Ana Karina Costa; RAMOS, Natália. EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E SOBREDOTAÇÃO. Ambivalências, São Cristóvão-SE, v. 2, n. 4, p. 06–34, 2015. DOI: 10.21665/2318-3888.v2n4p06-34. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Ambivalencias/article/view/3598. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigo