SAÚDE QUILOMBOLA NO MARANHÃO

Autores

  • Carlos Benedito Rodrigues da Silva Universidade Federal do Maranhão
  • Carla Georgea Silva Ferreira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
  • Fernanda Lopes Rodrigues Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v4n7p106-133

Resumo

O presente estudo avalia os dados de condições de vida e de saúde das populações quilombolas do estado de Maranhão, Nordeste do Brasil. Este estudo teve como objetivo coletar dados empíricos dos principais problemas de saúde enfrentados pelos povos quilombolas, a fim de divulgar e relatar as dificuldades experimentadas por essa população na obtenção de serviços de saúde pública adequados. Essa avaliação se baseia em dados empíricos coletados em campo. Portanto, ele permite uma visualização realista da situação relatada e constrói uma base de conhecimento para ser usado em políticas públicas que garantam a melhoria das condições de vida e de saúde dos quilombolas que vivem no estado do Maranhão. Este estudo foi conduzido em 2008 pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal do Maranhão (NEAB / UFMA). O apoio financeiro e técnico do presente estudo foi promovido pela Fundação Souza Andrade de Apoio ao Desenvolvimento da UFMA (FSADU). A fim de obter as informações necessárias, o estudo baseou-se num questionário quantitativo com 39 perguntas abertas e fechadas com foco nas condições de trabalho, educação e saúde relacionadas à população quilombola. Vinte e sete famílias foram selecionados em 15 municípios que apresentam o menor índice de desenvolvimento humano no estado. Um total de 760 questionários foram aplicados, resultando em um questionário por família. Além disso, 212 homens e 548 mulheres responderam às perguntas. A elevada incidência de gravidez na adolescência e a falta de assistência pré-natal adequada dos serviços públicos de saúde estavam entre os principais resultados relativos à população feminina. Além disso, a falta de uma estratégia de prevenção de doenças e o número ineficiente de médicos e centros de saúde devem ser destacados entre os resultados. Os resultados mostram também, que os povos quilombolas que vivem nas comunidades rurais do Maranhão sofrem de doenças étnicas tratadas com descaso pelos serviços públicos.

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Biografia do Autor

Carlos Benedito Rodrigues da Silva, Universidade Federal do Maranhão

Doutor em Antropologia pela PUC-SP - Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Coordenador do Núcleo de Estudos Afro - Brasileiros da UFMA

Carla Georgea Silva Ferreira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão

Mestra em Ciências Sociais pela UFMA - Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão.

Fernanda Lopes Rodrigues, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão

Mestra em Ciências Sociais pela UFMA - Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão.

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Publicado

24-08-2016

Como Citar

SILVA, Carlos Benedito Rodrigues da; FERREIRA, Carla Georgea Silva; RODRIGUES, Fernanda Lopes. SAÚDE QUILOMBOLA NO MARANHÃO. Ambivalências, São Cristóvão-SE, v. 4, n. 7, p. 106–133, 2016. DOI: 10.21665/2318-3888.v4n7p106-133. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Ambivalencias/article/view/5542. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Identidades Quilombolas