PROCESSOS IDENTITÁRIOS E A COMUNIDADE QUILOMBOLA LUZIENSE

Autores

  • Frank Marcon Universidade Federal de Sergipe
  • Welington Bomfim Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v4n7p134-154

Resumo

Neste artigo, a partir de uma pesquisa etnográfica concluída há seis anos, oriunda de uma demanda para elaboração de um relatório antropológico sobre a Comunidade Quilombola Luziense, analisamos a relação existente entre o tema das identidades e as experiências sociais desta comunidade como construção permanente e contínua de alteridade. Procuramos destacar os processos constitutivos de identificação, percebendo a relação entre memória, solidariedade, “fazer”, território e os sensos de coletividade tradicionais. A emergência normativa do direito quilombola, nos últimos anos, materializou um sentimento latente de identificação coletiva advindo de séculos de escravismo e que se reproduziu no longo processo de continuidade de desigualdades não superadas no pós-escravidão. Tais desigualdades nos remetem a necessidade de percebermos as distintas formas de imaginar o trabalho, a liberdade, a propriedade e o território por parte dos “Luzienses”, como formas de resistência e demarcadores das diferenças e das identidades que se materializaram no curso dos processos históricos na região Sul de Sergipe, implicados pelas relações de poder advindas do escravismo e do racismo.

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Biografia do Autor

Frank Marcon, Universidade Federal de Sergipe

Realizou Pós-Doutoramento em Antropologia, no IUL/ISCTE (2010), de Lisboa. Possui Doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005), Mestrado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1999) e Licenciatura em História pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (1994). É Professor Associado I da área de Antropologia do Departamento de Ciências Sociais, da Universidade Federal de Sergipe. Professor permanente do Mestrado de Antropologia e do Mestrado e Doutorado em Sociologia da mesma universidade. Tem experiência em docência e pesquisas com ênfase interdisciplinar nas áreas de Antropologia, Sociologia e História, atuando principalmente com temas como: processos de identificação e diferenciação; estudos culturais, discursos e mediações; juventudes e estilos de vida; relações interétnicas; políticas públicas; teoria e metodologia de pesquisa e de ensino. Coordena o Grupo de Estudos Culturais, Identidades e Relações Interétnicas (Grupos CNPq). Coordenou o Grupo de Trabalho "Juventudes, Formas de Expressão, Processos de Identificação e Relações de Poder", na 29a. Reunião Brasileira de Antropologia (2014). Lattes: http://lattes.cnpq.br/2018443877895264

Welington Bomfim, Universidade Federal de Sergipe

Mestre em Antropologia. Doutorando em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe.

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Publicado

24-08-2016

Como Citar

MARCON, Frank; BOMFIM, Welington. PROCESSOS IDENTITÁRIOS E A COMUNIDADE QUILOMBOLA LUZIENSE. Ambivalências, São Cristóvão-SE, v. 4, n. 7, p. 134–154, 2016. DOI: 10.21665/2318-3888.v4n7p134-154. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Ambivalencias/article/view/5543. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Identidades Quilombolas