PROCESSOS IDENTITÁRIOS E A COMUNIDADE QUILOMBOLA LUZIENSE
DOI:
https://doi.org/10.21665/2318-3888.v4n7p134-154Resumo
Neste artigo, a partir de uma pesquisa etnográfica concluída há seis anos, oriunda de uma demanda para elaboração de um relatório antropológico sobre a Comunidade Quilombola Luziense, analisamos a relação existente entre o tema das identidades e as experiências sociais desta comunidade como construção permanente e contínua de alteridade. Procuramos destacar os processos constitutivos de identificação, percebendo a relação entre memória, solidariedade, “fazer”, território e os sensos de coletividade tradicionais. A emergência normativa do direito quilombola, nos últimos anos, materializou um sentimento latente de identificação coletiva advindo de séculos de escravismo e que se reproduziu no longo processo de continuidade de desigualdades não superadas no pós-escravidão. Tais desigualdades nos remetem a necessidade de percebermos as distintas formas de imaginar o trabalho, a liberdade, a propriedade e o território por parte dos “Luzienses”, como formas de resistência e demarcadores das diferenças e das identidades que se materializaram no curso dos processos históricos na região Sul de Sergipe, implicados pelas relações de poder advindas do escravismo e do racismo.
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