Mandiocada e o circuito da dádiva: o trabalho coletivo de mulheres nos povoados Tabuleiro dos Negros e Sapé (AL), Brasil

Fabiana de Oliveira Lima; Patrícia Rosalba Salvador Moura Costa; Bárbara Kelly Félix da Silva; Shirliane Maria da Silva

doi:10.21665/2318-3888.v13n25p209

Autores

Fabiana de Oliveira Lima Universidade Federal de Alagoas https://orcid.org/0000-0002-6114-9242
Patrícia Rosalba Salvador Moura Costa Universidade Federal de Sergipe https://orcid.org/0000-0001-8320-9093
Bárbara Kelly Félix da Silva Universidade Federal de Alagoas https://orcid.org/0009-0005-5219-6783
Shirliane Maria da Silva Universidade Federal de Alagoas https://orcid.org/0009-0009-8690-3510

DOI:

https://doi.org/10.21665/2318-3888.v13n25p209

Palavras-chave:

Mandiocada. Mulheres quilombolas. Circuito da dádiva. Comunidades rurais.

Resumo

A mandiocada é um movimento potente, um evento cultural, social e econômico, que acontece em diversas comunidades rurais do Brasil. Ela se desenha em cada etapa do beneficiamento da mandioca, desde a sua colheita, sendo trazida para a casa de farinha, descascada e passando por processos diversos, como a prensa, separação e produção da farinha, entre outros alimentos. Na microrregião Penedo, ao sul do estado de Alagoas, nas comunidades rurais e quilombolas Tabuleiro dos Negros e Sapé, a mandioca é parte da história de vida das pessoas, principalmente das mulheres que conduzem a maior parte do processo e são as figuras centrais das mandiocadas. Nosso principal objetivo é apresentar a mandiocada e o movimento desenvolvido por essas mulheres negras enquanto circuito da dádiva, num processo de trocas simbólicas e essenciais para a manutenção de seu sustento e de sua tradição – caminhos que se confundem e nos levam a refletir sobre a condição dessas camponesas com imprescindível papel na transmissão de seus saberes tradicionais.

Submissão: 15 mar. 2025 ⊶ Aceite: 10 jun. 2025

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