Não há nada fixo no cosmos: uma análise etnográfica de músicos de rua no centro do rio de janeiro
Resumo
A presente etnografia busca analisar a atuação de um grupo musical fluminense cuja principal fonte de renda são as apresentações em praças públicas, sobretudo, da região central da cidade. As reflexões aqui propostas são fruto de duas visitas a campo, nas quais foi possível entrevistar e observar o trabalho destes músicos, bem como de sua relação com o público. Consultou-se também vídeos e áudios dos mesmos na internet, no sentido de complementar o material recolhido previamente no campo. Além da descrição do grupo e de suas apresentações, as mesmas foram interpretadas sob a ótica gennepiana dos “ritos de passagem”, de modo a compreendê-las como eventos que transformam brevemente os espaços e o tempo onde ocorrem. Nesta transformação “ritualística”, a fruição musical ocorreria no ambíguo momento da “liminaridade”, no qual os músicos estabeleceriam uma conexão não habitual com o espaço público e, consequentemente, atrairiam pessoas em condições de liminaridade.
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Referências
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