A contaminação irônica na crônica machadiana: O velho senado

Autores

  • Iasmim Santos Ferreira Universidade Federal de Sergipe (PPGL-UFS)

Palavras-chave:

Machado de Assis, Crônica, Política

Resumo

RESUMO

Este trabalho analisa, à luz da “contaminação irônica” da tradição luciânica, a crônica “O Velho Senado”, de Machado de Assis, a qual apresenta um retrato de valor histórico e literário para a compreensão da política brasileira. Para tanto, recorremos aos estudos de Brandão (2001) e Sá Rego (1989), que versam sobre essa tradição, e a outros, para subsidiar as análises do gênero crônica e dos recursos cômicos utilizados; a saber, Brayner (1982), Cardoso (1992), Candido (1992), Freud (1977), Bergson (2007).

PALAVRAS-CHAVE: Machado de Assis. Crônica. Política.     

ABSTRACT

This work analyzes, in light on “ironic contamination” for the lucianic tradition the chronicle “O Velho Senado”, by Machado de Assis, that represents a portrait of historical and literary value to the comprehension of Brazilian policy. To do so, we resort the Brandão (2001) and Sá Rego (1989) studies, that talk about this tradition; and others, to subsidize the analyses of the chronicle genre and the used comic resources, knowing, Brayner (1982), Cardoso (1992), Candido (1992), Freud (1977), Bergson (2007).

KEYWORDS: Machado de Assis. Chronicle. Policy.

Recebido em 26/06/2018
Aprovado em 04/10/2018

Referências

ALTHUSSER, L. Ideologia e aparelhos ideológicos do Estado. Tradução de Joaquim José de Moura Ramos. Lisboa: Editorial Presença, 1980.

ASSIS, Machado de. O velho senado. 1898. Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/obra-completa-lista/itemlist/category/26-cronica>. Acesso em: 13 abr. 2018.

BERGSON, Henri. O riso: ensaio sobre a significação da comicidade. Tradução de Ivone Castilho Benedetti. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007 (Coleção Tópicos).

Biografia de Challemel-Lacour. Disponível em: <https://www.senat.fr/senateur-3eme-republique/challemel_lacour_paul0315r3.html>. Acesso em: 25 abr. 2018.

Biografia de Mérimée. Disponível em: <https://www.biografiasyvidas.com/biografia/m/merimee_prosper.htm>. Acesso em: 25 abr. 2018.

Biografia de Quintino Bocaiúva. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/quintino_bocaiuva>. Acesso em: 25 abr. 2018.

Biografia de Sisson. Disponível em: <https://familiasisson.wordpress.com/biografias/a-historia>. Acesso em: 25 abr. 2018.

Biografia de Taine. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/hippolyte_taine>. Acesso em: 25 abr. 2018.

BORIS, Fausto. História Concisa do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012.

BRANDÃO, Jacyntho Lins. A Grécia de Machado de Assis. In: MENDES, Eliana Amarante de Mendonça; OLIVEIRA, Paulo Motta; BENN-IBLER, Veronika. O novo milênio: interfaces linguísticas e literárias. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2001. p. 351-374.

BRANDÃO, Jacyntho Lins. A poética do Hipocentauro: literatura, sociedade e discurso ficcional em Luciano de Samósata. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.

BRAYNER. Sônia. (1982). Metamorfoses machadianas: O laboratório ficcional. In: Coleção escritores brasileiros: Antologia e estudos. São Paulo: Ática, 1982. p. 426-436.

CANDIDO. Antonio. A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. Campinas, SP: Ed da UNICAMP; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992.

CARDOSO, Marília Rothier. Moda da crônica: frívola e cruel. In: A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. Campinas, SP: Ed da UNICAMP; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992.

FERRAZ, Sérgio Eduardo. O Império Revisitado: Instabilidade Ministerial, Câmara dos Deputados e Poder Moderador (1840-1889). 2012. Tese (Doutorado em Ciência Política) – Departamento de Ciência Política, Universidade de São Paulo, São Paulo.

FREUD, S. Os chistes e sua relação com o inconsciente. Tradução de Margarida Salomão. 1ª Edição, Vol. VIII. Rio de janeiro: Imago, outubro de 1977.

Litografia de Sisson retratando Montezuma. Disponível em: <https://ihgb.org.br/pesquisa/arquivo/iconografia/item/67519-francisco-g%C3%AA-acaiaba-de-montezuma,-visconde-de-jequitinhonha-retrato-em-1-2-corpo,-1-2-perfil,-barba,-bra%C3%A7os-cruzados-reprodu%C3%A7%C3%A3o-fotogr%C3%A1fica-de-litografia-de-a-sisson,-de-1860.html>. Acesso em: 30 abr. 2018.

SÁ REGO. Enylton José de. O Calundu e a panaceia: Machado de Assis, a sátira menipéia e a tradição luciânica. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989. 193 p. Coleção “Imagens do Tempo”.

SABA, Roberto N. P. F. As “eleições do cacete” e o problema da manipulação eleitoral no Brasil monárquico. Revista Almanack. Guarulhos, n. 02, p. 126-145, 2º semestre de 2011.

SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas. São Paulo: Duas Cidades / Editora 34, 2000.

BOAS, Suellen Tanys Vilas. Sistema Eleitoral Brasileiro: um compêndio de sua gênese, evolução e características. 2016. Dissertação (mestrado profissional) – Programa de Pós-Graduação em Administração Pública, Universidade Federal de Lavras, Lavras.

VASCONCELLOS, Zacarias de Góes. Da natureza e limites do poder moderador. 1860. Disponível em: <http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/185586>. Acesso em: 29 abr. 2018.

Publicado

05-02-2019

Como Citar

FERREIRA, Iasmim Santos. A contaminação irônica na crônica machadiana: O velho senado. A Palo Seco – Escritos de Filosofia e Literatura, São Cristóvão-SE: GeFeLit, n. 11, p. 32–46, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/apaloseco/article/view/10753. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos