O existencialismo em Rubem Fonseca
Palavras-chave:
Existencialismo. Rubem Fonseca. Irracionalismo. Solidão.Resumo
O presente artigo busca explicitar como alguns dos temas abordados pela filosofia existencialista são abordados nos contos Lúcia McCartney (1994), O Cobrador (1994), O Buraco na Parede (1995) e no romance A grande arte (1994), de Rubem Fonseca, nos quais se evidencia a falta de sentido vivenciada pelos personagens. Na vida destes, percebemos frequentemente a angústia, o pessimismo, o absurdo e o tédio decorrente da falta de sentido para além da própria existência, características amplificadas na modernidade líquida. Em diálogo com autores como Søren Kierkegaard (1813–1855), Martin Heidegger (1889-1976) e Jean-Paul Sartre (1905-1980), tencionamos refletir sobre essas temáticas, atitude fundamental para uma compreensão mais aprofundada da sociedade e do Indivíduo hodiernos que, tendo substituído as crenças metafísicas pela técnica, vêm percebendo que esta não preenche sua angústia existencial, deixando a sensação de profundo abandono e solidão.
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