Monumento a Baumgarten – Johann Gottfried Herder

Autores

  • Oliver Tolle Departamento de Filosofia/UFS

Resumo

Chama a atenção o quanto as aparições mais extraordinárias dependem de causas externas, não só no reino dos espíritos mas também na república dos filósofos. As diferentes conjunturas e situações de vida fornecem à maneira de pensar as suas diversas direções, e é especialmente a tonalidade da instrução, por assim dizer, a primeira roupagem da jovem alma, que mais contribui para a forma com que ela posterior- mente aparecerá para o mundo. Tudo isso é válido também para Alexander Gottlieb Baumgarten. A sua primeira educação esteve aos cuidados de um filólogo; poderia ser ela favorável para outra coisa senão o latim e a poesia? E como chegou a eles sob os cuidados de um filólogo? Como não ver o latim e a poesia como florescências, frutos, mais como um brinquedo que um instrumento, mais como um doce sobre a língua que um alimento. Assim era o jovem Baumgarten, que todo dia se acreditava incompleto se não compusesse versos em latim, que podia digerir melhor o sermão de domingo se o forçasse a uma métrica latina e, por fim, diz o seu biógrafo, que tirava de sua educação em latim e filologia a “vantagem incomum de, na maturidade, poder proferir em latim o seu discurso de posse em Frankfurt”. De fato, uma vantagem incomum!

Publicado

05-11-2010

Como Citar

TOLLE, Oliver. Monumento a Baumgarten – Johann Gottfried Herder. A Palo Seco – Escritos de Filosofia e Literatura, São Cristóvão-SE: GeFeLit, n. 2, p. 58–65, 2010. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/apaloseco/article/view/n2p58. Acesso em: 7 set. 2024.

Edição

Seção

Artigos