Entre Aristófanes e Menandro: a recepção crítica da comédia grega no fim da República e começo do Império Romano

Autores

  • Luciene Lages Silva Departamento de Letras UFS/Itabaiana

Resumo

A comédia grega nos legou dois grandes poetas: Aristófanes e Menandro. Aristófanes nasce e morre em Atenas (447-380 a.C.), testemunha toda a Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.) e a decadência do império ateniense1. Em suas peças, as críticas mordazes são dirigidas aos governantes atenienses e à política que praticavam, bem como aos poetas trágicos e filósofos. Menandro (342-292 a.C.) surge em algumas décadas como expoente da chamada comédia nova. Nasce no tempo do rei Filipe II da Macedônia, acompanha a expansão do império macedônico comandado por Alexandre, o grande (336-323 a.C.), e vive sob o reinado dos sucessores desse conquistador até a sua morte em 292 a.C. Com a comédia nova, os temas da vida política dão lugar aos temas mais comuns da vida cotidiana, o plano cívico é substituído pelo doméstico.

Referências

ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Tradução Mário da Gama Kury. Brasília: editora UnB, 1985.

BREMER, Jan Maarten. Plutarch and The ‘Liberation of Greece’. In: LUKAS, de Blois et all (eds.). The statesman in Plutarch’s works. Mnemosyne, biblioteca classica Batava, Supplementum 250, 2005.

BLANCHARD, Alain. La Comédie de Ménandre. Politique, Éthique, Esthétique. Paris: Université Paris-Sorbonne, 2007.

CÍCERO. De Republica. Apresentação, tradução e notas de Nélson Jahr Garcia. Versão para e-book edições Ridendo Castigat Mores, 2005.

CUCHIARELI, Andrea. Old Frog Songs: Four Points on the Roman Aristophanes, MediAzioni 6, 2009, Disponível em: http://www.mediazioni.sitlec.unibo.it. ISSN 1974-4382.

DIONISO DE HALICARNASO. Tratados de Crítica Literária. Introdução, tradução e notas de Juan Pedro Oliver Seguro. Madrid, Editorial Gredos, 2005.

HORÁCIO. Arte Poética. Introdução, notas e tradução de Dante Tringali. São Paulo: Musa, 1994.

FERNÁNDEZ, Julián González. In: PLINIO, EL JOVEN. Cartas. Introdução, tradução e notas Julián González Fernández. Madrid: Editorial Gredos, 2005, p. 7-57.

GOLDBERG, S. Comedy and society from Menander to Terence. In: McDONALD, M.; WALTON, M. (eds.) The Cambridge Companion to Greek and Roman Theatre. Cambridge: University Press, 2007.

LESKY, Albin. Historia de la Literatura Griega. Madrid: Editorial Gredos, 1985.

MINOIS, Georges. História do Riso e do Escárnio. Trad. M. E. O. Ortiz Assumpção. São Paulo: Editora UNESP, 2003.

MOTA, Marcus. Nos passos de Homero: Performance como Argumento na Antiguidade. VIS Revista do Programa de Pós-graduação em Arte da UnB. v. 9, n. 2, julho/dezembro 2010.

OLIVEIRA SILVA, Maria Aparecida. Plutarco e os romanos: debates e perspectivas historiográficas. POLITEIA: história e sociologia. v. 8, n. 1, p. 53-66. Vitória da Conquista: 2008.

PEREIRA, Marcos Aurelio. Quintiliano Gramático: o papel do mestre de Gramática na Institutio Oratoria. São Paulo: Associação Editorial Humanitas, 2006, 2 ed.

PLINIO, EL JOVEN. Cartas. Introdução, tradução e notas Julián González Fernández. Madrid: Editorial Gredos, 2005.

PLUTARCH. Moralia. Vol. X. English Translation by Harold North Fowler. Cambridge: Harvard University Press, 1936.

ROCHA PEREIRA, Maria Helena da. Estudos de História da Cultura Clássica – Cultura Romana. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984, vol. II.

SUETÔNIO. As Vidas dos doze Césares. Tradução de Sady-Garibaldi. São Paulo: Atena editora, 1955.

YEBRA, Valentín García. Traducción: Historia Y Teoria. Madrid: Editorial Gredos, 1994.

Publicado

20-11-2013

Como Citar

SILVA, Luciene Lages. Entre Aristófanes e Menandro: a recepção crítica da comédia grega no fim da República e começo do Império Romano. A Palo Seco – Escritos de Filosofia e Literatura, São Cristóvão-SE: GeFeLit, v. 1, n. 5, p. 32–41, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/apaloseco/article/view/n5v1p32. Acesso em: 26 jul. 2024.