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DOI: 10.33467/conci.v3i3.13990 ARTIGO ORIGINAL


Objetivos e conteúdos para uma disciplina de competência em informação direcionada à formação do arquivista


Objectives and contents for a discipline of information literacy aimed at archivist training


Objetivos y contenido de una disciplina de alfabetización informacional dirigida a la formación archivero


Renata Lira FURTADO1 Evelyn de Nazaré Oliveira dos SANTOS2


Correspondência

Autor para correspondência: Renata Lira Furtado Endereço completo: Universidade Federal do Pará – Faculdade de Arquivologia. Rua Augusto Correa, 1 – Cep 66075-110 Campus Universitário Guamá – Belém/Pará

E-mail: renatalira@ufpa.br

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5428-2451


Submetido em: 30/06/2020 Aceito em: 21/12/2020 Publicado em: 31/12/2020


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1 Docente no curso de graduação em Arquivologia e no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação na Universidade Federal do Pará. Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

2 Bacharel em Arquivologia pela Universidade Federal do Pará.


RESUMO

Este artigo tem como objetivo apresentar elementos que contribuam com o desenvolvimento de uma disciplina de Competência em Informação para os cursos de Arquivologia, com o intuito de complementar a formação e atuação do arquivista, especificamente no desenvolvimento de habilidades para lidar com a informação, tanto no âmbito pessoal como no profissional. A pesquisa foi desenvolvida por meio de Pesquisa bibliográfica e documental e os resultados apresentam os objetivos, com as capacidades, conhecimentos e habilidades esperadas do aluno, e os conteúdos da disciplina de Competência em Informação indicados para atender as habilidades da prática cotidiana do estudante e do futuro profissional. Os objetivos e conteúdos apresentados para implementação de uma disciplina de Competência em Informação direcionada à formação em Arquivologia, buscam refletir autonomia intelectual do estudante como fator preponderante à diminuição do distanciamento entre a teoria e a prática arquivística, bem como situar o profissional acerca do seu papel social na contemporaneidade. Palavras-chave: Competência em Informação. Formação do arquivista. Graduação em Arquivologia.


ABSTRACT

This article aims to present elements that contribute to the development of an Information Literacy discipline for Archival Science courses, in order to complement the training and performance of the archivist, specifically in the development of skills to deal with information, both in personal as well as professional. The research was developed through bibliographic and documentary research and the results present the objectives, with the capacities, knowledge and skills expected of the student, and the contents of the discipline of Information Literacy indicated to meet the skills of the daily practice of the student and the upcoming professional. The objectives and contents presented for the implementation of a discipline of Competence in Information aimed at training in Archival Science, seek to reflect the student's intellectual autonomy as a preponderant factor to reduce the gap between archival theory and practice, as well as to situate the professional about his role. contemporary society.

Keywords: Archivist training. Information Literacy. Undergraduate in Archival Science.


RESUMEN

Este artículo tiene como objetivo presentar elementos que contribuyan al desarrollo de una disciplina de Alfabetización Informacional para los cursos de Archivología, con el fin de complementar la capacitación y el desempeño del archivero, específicamente en el desarrollo de habilidades para lidiar con la información, tanto personal como profesional. La investigación se desarrolló a través de la investigación bibliográfica y documental y los resultados presentan los objetivos, con las capacidades, conocimientos y habilidades que se esperan del estudiante, y los contenidos de la disciplina de Alfabetización Informacional indicados para cumplir con las habilidades de la práctica diaria del estudiante y el próximo profesional. Los objetivos y contenidos presentados para la implementación de una disciplina de Alfabetización Informacional dirigida a la formación en Archivología buscan reflejar la autonomía intelectual del alumno como un factor preponderante para reducir la brecha entre la teoría y la práctica de archivo, así como para situar al profesional. sobre su papel sociedad contemporánea.

Palabras clave: Alfabetización Informacional. Graduación en Archivología. Formación archivero.


  1. INTRODUÇÃO

    O arquivista contemporâneo deve estar preparado para atuar frente ao cenário da transformação digital, considerando suas atribuições diante desse contexto, seja nos processos que envolvem a Gestão documental e informacional, seja nas suas relações com produtores e usuários, evidenciando assim a tríade: ambiente organizacional, processos cognitivos e relações humanas.


    Contudo, é preciso analisar se a formação desse profissional atende às expectativas impostas pela sociedade.

    Existe uma preocupação com relação às questões curriculares dos cursos de Arquivologia das universidades brasileiras, que em sua maioria, estão focados na visão tecnicista da profissão, é preciso modernizar o ensino para que possamos ter arquivistas envoltos numa nova roupagem, distinta daquelas pautadas nos tradicionais manuais arquivísticos. Tal preocupação tem sido evidenciada nas comunicações apresentadas nas últimas edições da Reunião Brasileira de Ensino e Pesquisa em Arquivologia (BARROS; SANTOS JÚNIOR; CÂNDIDO, 2019; MATOS; CUNHA; SÁ; FREIXO, 2015; VENÂNCIO; SILVA;

    NASCIMENTO, 2018). Faz-se urgente a inserção de novos componentes na formação do arquivista contemporâneo.

    Destaca-se, ainda, a emergência de se priorizar a educação de qualidade, como preconiza, dentre tantos outros documentos, a Declaração de Incheon (2017), que propõe a aprendizagem contínua, efetiva e permanente, a educação ao longo da vida, por meio da aquisição de competências flexíveis e de conhecimentos que desenvolvam o pensamento crítico, criativo e habilidades colaborativas, visando uma sociedade inclusiva, pluralista e equitativa, na qual os cidadãos tenham posicionamento sobre seu meio social, econômico e político.

    Nesse cenário, a Competência em Informação (CoInfo) configura-se como uma temática relevante à formação do arquivista, um instrumento de aprendizagem essencial para o desenvolvimento do profissional, no aprimoramento e no desenvolvimento da compreensão crítica da informação. No contexto político e social contemporâneo a CoInfo é extremamente


    relevante tanto para o estudante (independente do grau e com foco no aprendizado ao longo da vida), como para o profissional (na formação e no exercício da profissão) e ao cidadão, no desenvolvimento de habilidades para utilizar a informação, seja ela arquivística ou não, em distintos ambientes e situações (FURTADO, 2019).

    Assim, este artigo propõe-se a apresentar elementos que possibilitem o desenvolvimento de uma disciplina embasada nos preceitos e teorias da Competência em Informação com especificações que correspondam às necessidades de formação e atuação do arquivista, considerando que, uma disciplina com tais características, preencheria lacunas existentes nos cursos de Arquivologia brasileiros, na formação de estudantes melhor capacitados para enfrentar as mudanças no cenário contemporâneo, não apenas para o seu fazer profissional, como também para o seu desenvolvimento pessoal e participação social.

    Para alcançar o objetivo proposto, recorreu-se à Pesquisa Bibliográfica e à Pesquisa Documental para construção do referencial teórico, que possibilitasse a interação entre os assuntos abordados. Cabe ressaltar que os resultados apresentados podem enriquecer a formação em Arquivologia para além dos métodos convencionais de ensino, preocupando-se com o reconhecimento da profissão e a inserção do profissional em ambientes mais exigentes dentro do mundo de trabalho, com as incertezas e debates de quais seriam as profissões do futuro, haja visto a intensa velocidade de inserção e obsolescência de novas tecnologias e formas de comunicação.

  2. A RELAÇÃO DA COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO PARA O ENSINO EM ARQUIVOLOGIA


    A Arquivologia pode ser caracterizada por três dimensões complementares: o conhecimento arquivístico, as organizações arquivísticas e o próprio arquivista, e na interseção destas se encontra o ensino em Arquivologia, onde os principais atores são o arquivista em formação inicial e o arquivista como docente e pesquisador, ambos estão em um cenário onde o macrocosmo social se localiza na Universidade, nas organizações arquivísticas e nas demandas que legitimam uma profissão, na medida em que esta designa tarefas socialmente importantes (JACINTHO, 2016).

    As universidades que ofertam o curso de graduação em Arquivologia, como instituições que modelam uma proposta de ensino-aprendizagem, devem superar as barreiras que a circundam, como a baixa oferta de professores formados na área e a falta de investimentos na pesquisa científica, oferecendo um currículo de maior completude profissional, através de estratégias que estimulem a pesquisa, o senso crítico e o uso inteligente da informação, principalmente quando se trata do contexto atual, com a imersão dos recursos tecnológicos, para formar arquivistas capazes de atender a demanda do mundo do trabalho.

    Para Jacintho e Gonzalez (2019), as universidades devem ajustar seus currículos, de acordo com as competências e habilidades exigidas pelo mercado, tendo conhecimento dos perfis profissionais procurados pelas empresas e instituições que admitem arquivistas, e assim torná-lo eficaz e competente nesse universo. Os autores preferem, ainda, utilizar aptidões como sinônimo de habilidades, e consideram disposições naturais ou adquiridas, para fazer distinção das competências que compõem o conjunto de habilidades necessárias ao exercício profissional, concluindo, então, que as habilidades são competências de caráter genérico decisivas


    no perfil de um profissional, indo além das competências cognitivas. O domínio dessas habilidades reflete na eficácia do arquivista da mesma forma que o insere no âmbito profissional.

    Dessa maneira, ressalta-se que a formação do profissional deve considerar o mercado de trabalho, mas não pode abranger um imperativo ao mercado, pois é necessário formar um arquivista que seja um cidadão crítico em relação à sua profissão, ao seu tempo, à sua inserção social (JARDIM, 2006 apud SOUZA, 2012). Bellotto (2004) complementa que o arquivista deve desenvolver outras habilidades como: adaptabilidade, pragmatismo, curiosidade intelectual, rigor, método, continuidade, capacidade de compreensão e de escuta relativamente ao seu produtor, ao pesquisador e ao cidadão.

    No rol dessas características pertinentes ao arquivista contemporâneo é possível inserir a Competência em Informação, conceituada por Rosetto (2013) como um conjunto de demandas complexas, incluindo aptidões, habilidades e atitudes para a avaliação, acesso e uso da informação em contextos genéricos e particulares, no desenvolvimento pessoal e para a empregabilidade, no exercício da cidadania e inclusão social.

    Dada a extensão desproporcional de produção e compartilhamento de informações, faz-se necessário aperfeiçoar a sociedade para o uso adequado da informação, onde o sujeito deve reconhecer suas necessidades informacionais, buscar fontes confiáveis, filtrar o que se pesquisa e o que recebe, para assim transformar dados em informação e informação em conhecimento (BELLUZZO; FERES, 2016). As habilidades de CoInfo são essenciais para a mudança de atitude e comportamento, na organização de tarefas e de informações, para aperfeiçoar técnicas


    de pesquisa, e principalmente com a disponibilização de novos recursos tecnológicos, permitindo que os mesmos tenham direcionamento na busca, recuperação e uso das informações.

    A Competência em Informação pode ser entendida como um resgate de conhecimentos internalizados (experiência de vida) e a construção de novos conhecimentos. Para adquiri-la, faz-se necessária a aplicação de métodos ou técnicas que permitam que o indivíduo tenha confiança, persistência e eficiência na busca, uso e avaliação das suas necessidades informacionais. Deve-se considerar que qualquer aprendizado é subjetivo, varia de pessoa para pessoa, o indivíduo competente em informação tem interesse em se manter informado e aprender a aprender, conhecendo suas limitações e capacidades, a fim de utilizar a informação adquirida para construção e socialização de novos conhecimentos.

  3. OBJETIVOS E CONTEÚDOS PARA UMA DISCIPLINA DE COMPETÊNCIA EM INFORMAÇÃO DIRECIONADA À FORMAÇÃO EM ARQUIVOLOGIA

    Para o delineamento dos objetivos da disciplina de Competência em Informação elegeu-se como aporte teórico os apontamentos de Zaballa (1998) e Masetto (1998) adaptado e condensado por Dudziak (2005), que apresenta as características para a formulação de um Projeto Educacional voltado para a Competência em Informação e do instrumento “Dimensões Conceituais para a Inserção da Competência em Informação no cenário arquivístico brasileiro”, proposto por Furtado (2019), especificamente a Dimensão 4. Essa dimensão, diante das considerações apresentadas, expõe as competências, habilidades e capacidades que devem ser desenvolvidas pelo aluno durante o Ensino Superior, visando não apenas à formação profissional, mas


    no contexto que direciona à formação social do indivíduo.

    Corrobora-se, assim, com Gil (2015), o qual indica que objetivos de ensino são geralmente expressos em termos de comportamento esperado dos estudantes. Os objetivos para uma disciplina de CoInfo, a partir da análise das necessidades de aprendizagem para os alunos de graduação em Arquivologia puderam ser sistematizados no Quadro 1, como segue:

    Quadro 1 – Representação dos Objetivos da Disciplina

    Objetivo

    Descrição

    Formação totalizante do aluno

    Abrangendo não só conhecimento acadêmico, como também desenvolvendo suas habilidades e seus valores.


    Aprendizado significativo

    Aquisição de novos significados e relacionamentos entre ideias, pensamento criativo que exige ponderar o problema e seus elementos sob uma nova maneira (inventar, planejar) e pensamento analítico, para resolução de problemas conhecidos, usando estratégia, que manipulem os elementos de um problema ou as relações entre os elementos (comparar, analisar).

    Aprendizado participativo

    Os programas/disciplinas devem ser criados a partir do estabelecimento de definições e compromissos entre educadores, aprendizes e os conteúdos.

    Aprendizado contextualizado

    As situações-problema e as tarefas devem estar inseridas no contexto da comunidade e da sociedade do aprendiz.

    Aprendizado proativo

    O aluno deve ser incentivado a eleger suas próprias prioridades de informação e formação, cabendo aos educadores mostrar caminhos e disponibilizar recursos.


    Autonomia

    Produção de novos conhecimentos fruto de interações sociais, fundadas sob as formas de reprodução material da humanidade e das mu danças sociais.


    Pensamento Crítico

    Julgamento propositado e reflexivo sobre o que acreditar ou o que fazer em resposta a uma observação, experiência, expressão verbal ou escrita, ou argumentos com formação de uma consciência crítica é oposta ao aprendizado mecânico.


    Pensamento Reflexivo

    Pensamento elaborado, não se tratando de uma ideia isolada, mas de uma rede de ideias conexas e coesas, requerendo investigação e método para se alcançar o objetivo, que é o de solucionar o problema causado pela incerteza.


    Espírito Científico

    Compreende a necessidade de encontrar soluções para problemas de ordem prática da vida diária, aliada ao desejo de fornecer explicações sistemáticas que possam



    ser testadas e criticadas através de provas empíricas.


    Educação continuada

    Formação permanente, entendida também como uma formação complementar, que se inicia nos primeiros anos da Escola e se prolonga por toda a vida, em crescentes níveis de autonomia, levando ao aprender a aprender, na atualização de conhecimentos, e na ressignificação de metas e padrões superados pelas inovações tecnológicas e pelos rela- cionamentos no mundo de trabalho e na comunicação cultural.

    Fonte: Elaborado pelas autoras, com base em Dudziak (2005) e Furtado (2019)


    Desta forma, apresenta-se que os principais objetivos para uma disciplina de CoInfo, alinhados à formação de um arquivista competente em informação são: contribuir para a formação totalizante do aluno; desenvolver o aprendizado significativo, participativo, contextualizado e proativo; incentivar o aluno para a sua autonomia; educar para o pensamento crítico e reflexivo; estimular o espírito científico e permitir a educação continuada (DUDZIAK, 2005; FURTADO, 2019).

Por meio da contribuição teórica de Belluzzo (2018) foi possível sintetizar os conteúdos para a construção da disciplina em quatro categorias: 1) Terminologia; 2) Busca e uso da informação; 3) Usuários e Acesso à Informação; 4) Ética, Cidadania e aprendizado ao longo da vida. Os conteúdos disciplinares foram ordenados do geral para o específico, considerando que os conteúdos gerais reúnem habilidades de Competência em Informação em tarefas mais simples e talvez adaptáveis a qualquer curso, estas articulam a pesquisa com o ensino, e os conteúdos específicos são voltados especificamente para a formação em Arquivologia, com conteúdos que relacionam a CoInfo às práticas profissionais.


    1. Terminologia


      Nessa categoria, destacam-se os conteúdos que descrevem a Competência em Informação e sua relevância, para esclarecer de uma maneira geral, porém contextualizada, sobre a importância da disciplina para a formação e atuação do arquivista. Considera-se nessa categoria a apresentação inicial da disciplina, com a sua origem, os preceitos e as aplicações, bem como os acontecimentos e fatos registrados da representação da Competência em Informação no âmbito nacional e internacional, a fim de contextualizar as intervenções da disciplina nos processos de aprendizagem, e apresentá-la de modo geral, mas que consiga traduzir aos estudantes a relevância da disciplina para o Curso.

      Destacam-se, portanto os conteúdos: Conteúdos Conceituais: Competência em Informação: Histórico, conceitos e mode- los e Conteúdos Factuais: Contextualização da Competência em Informação em âmbito global: Declaração de Toledo sobre alfabetização informacional: bibliotecas pela aprendizagem permanente (2006); Obama National Information Literacy Awareness Month - Proclamação do mês da nacional de Competência em Informação (2009); Declaração de Maceió sobre a Competência em Informação (2011); Declaração de Moscou sobre Alfabetização Informacional e Midiática (2012); Declaração de Fez (2011); Declaração de Incheon (2017), entre outros.

    2. Busca e Uso da informação


      Apresenta-se nessa categoria, conteúdos que direcionam o estudante em formação e o arquivista nos processos de busca, aquisição e uso das informações, incluindo as práticas de recuperação da informação. É imprescindível que o estudante tenha


      o acompanhamento do docente nestas atividades, direcionando e motivando o aluno, apenas para conduzi-lo, de maneira que o mesmo desenvolva uma postura investigativa em direção às novas descobertas.

      Nesse processo o aluno é o sujeito principal, e deve ter autonomia para buscar, avaliar as informações, sendo capaz de refletir, questionar e ser criativo até a construção própria de novos conhecimentos, exteriorizado em ideias e decisões, estas documentadas (palpáveis) ou em forma de projetos que possam ser reconhecidos e colocados em prática, estas práticas do pensamento criativo são contrárias à aprendizagem mecanizada.

      Para a busca da informação, existem etapas antecedentes, e a principal delas está na determinação das necessidades informacionais, que tanto para o estudante quanto para o arquivista, identifica-se como a experimentação da falta do conhecimento ou da informação para lidar com novas situações, como Bruce (1997) aponta na face “Concepção baseada na informação como Processo”, e devem aprofundar essa percepção para conseguir encontrar entre as fontes de informação disponíveis, quais se adequam melhor às suas necessidades, por meio do pensamento crítico e reflexivo.

      Desta maneira, faz-se necessário explorar fontes diversas de informação, nos mais variados suportes, atentar-se para a fidedignidade e autenticidade das informações disponíveis, avaliar se a informação condiz com a necessidade atual de informação e ter capacidade de interpretar, sintetizar e recuperar fielmente essas informações para uso posterior.

      O direcionamento em uma pesquisa implica no melhor gerenciamento do tempo, e consequentemente, na realização de


      mais tarefas diárias, e a recuperação adequada das informações é necessária para o uso inteligente e crítico dessas informações na resolução de problemas e tomada de decisões.

      Na prática profissional, a categoria “Busca e Uso” está presente nas atividades que permeiam a Gestão de Documentos, e evidenciam-se os processos de Identificação, Classificação, Avaliação, Descrição e Recuperação da informação arquivística, bem como na elaboração de Políticas de Arquivo e Projetos e na captação de recursos. Nesse sentido, o arquivista atua não apenas com a Gestão de documentos, mas também como gestor da informação, ao desenvolver estratégias para gerenciar o fluxo de informações nos mais variados suportes e como gestor do conhecimento, que deve agregar valor às instituições arquivísticas, com o perfil de um arquivista criativo e inovador.

      Os conteúdos que se destacam nessa categoria, são: Conteúdos Conceituais: Análise crítica das informações. Compreensão do contexto de origem das informações. Conteúdos procedimentais: Estratégias para pesquisa da informação. Métodos de investigação. Fontes de informação. Avaliação da confiabilidade, credibilidade e atualização da informação em diferentes fontes. Leitura, interpretação e redação científica. Técnicas para produção acadêmica. Acesso e recuperação de fontes de Informação: Fichamentos, resumos, mapas conceituais e mapas mentais, Leitura e Análise de documentos em Arquivos. Ferramentas de busca e Recuperação da informação arquivística para tomada de decisões. Estratégias de marketing e relações públicas em Arquivos. Conteúdos atitudinais: O arquivista como gestor da informação. Atitudes voltadas para o serviço e mercado arquivístico. Inteligência competitiva na Gestão da informação.


      Criatividade no ambiente organizacional. Criatividade voltada para o Empreendedorismo.

    3. Usuários e Acesso à Informação


      Entende-se por usuário do Arquivo não apenas o usuário externo (estudante, pesquisador, cidadão), como também os funcionários do arquivo, os produtores de documento e demais colaboradores das instrituições. O arquivista tem a responsabilidade de desenvolver suas próprias habilidades para organizar, selecionar e disseminar as informações e, então, atuar como mediador no processo de disseminação da informação e construção do conhecimento. Isso envolve principalmente a sua capacidade de aprendizagem contextualizada durante a formação, que o aproxima da realidade social, habilidades de comunicação para traduzir as necessidades dos sujeitos e transmitir as informações necessárias e habilidades com os recursos tecnológicos.

      A Arquivologia tradicional ou custodial centra-se na posição do usuário como receptor passivo das informações, que depende de sistema para orientá-lo, o que contrapõe mediação na Arquivologia pós-custodial, que tem seus pilares centrados no usuário, tornando- o sujeito ativo, influenciado por fatores emocionais, psicológicos e outros, e que analisa e avalia a informação conforme a sua necessidade (LIMA; BRANDÃO, 2016).

      Desta forma, o arquivista em formação deve compreender a inserção da Competência em Informação nos Serviços de Referência e Informação em benefício do Arquivo como unidade de informação e da comunidade como fonte de informação primária. Essa função pode ser vinculada à “Concepção Sabedoria”, apresentada por Bruce (1997), onde o arquivista competente em


      informação se pauta no uso crítico e consciente das informações quanto aos valores éticos e pessoais e no uso da informação de maneira sábia para beneficiar outras pessoas. Por outro lado, o usuário ao se tornar competente em informação, pautado na “Concepção: construção do conhecimento” (BRUCE, 1997), é capaz de agregar novos conhecimentos por sua abordagem crítica e avaliativa da informação.

      Daí a importância da formação do arquivista incluir aptidões voltadas para um perfil facilitador e humanístico de qualidade, pois se percebe que mais do que a orientação para busca e uso da informação, o arquivista é capaz de auxiliar o desenvolvimento da Competência em Informação nos usuários, procurando entender a subjetividade dos sujeitos e auxíliando de acordo com as suas necessidades, para o efetivo acesso e uso das informações na tomada de decisões e resolução de problemas, e para torná-los livres e autônomos para a contínua aprendizagem e assimilação da informação.

      Entende-se que apenas a disponibilização de serviços, atendimento ao público e a existência de normas e leis na sociedade, não garantem o uso das informações, pois existem outras questões envolvidas, como a adaptabilidade às novas ferramentas e informações e as capacidades cognitivas individuais. O arquivista competente em informação como mediador da informação, deve minimizar o distanciamento e a burocracia do acesso à informação e os sujeitos.

      Nessa categoria os conteúdos abordados são: Conteúdos Conceituais: Visão crítica para melhorias no serviço entre Arquivos e usuários. Conteúdos Procedimentais: Meios de comunicação na contemporaneidade. Estudo de usuários de Arquivo: necessidades,


      facilidades e impasses. Transferência e uso da informação arquivística. O arquivista como facilitador dos processos de construção do conhecimento. Processos, produtos e serviços de referência em Arquivos. Avaliação dos serviços de referência. Conteúdos Atitudinais: Compreensão e comunicação da informação.

    4. Ética, Cidadania e Aprendizado ao longo da vida


Conteúdos que envolvem o desenvolvimento da cidadania e do aprendizado contínuo do estudante em formação, bem como dos usuários do Arquivo. O aprendizado ao longo da vida está relacionado com o aprendizado para além de conhecimentos e habilidades, como também a noção de valores atrelada à dimensão social do indivíduo, tais como a ética, autonomia, responsabilidade, criatividade, pensamento crítico e o aprender a aprender com ênfase no cidadão enquanto ser social (DUDZIAK, 2001).

Essa categoria está relacionada à apropriação das informações e seu uso, levando em consideração os aspectos éticos da informação, no desenvolvimento de estratégias que visem a construção de conhecimentos e a aplicabilidade desses no contexto social, na resolução de problemas e tomada de decisões, a partir da consciência crítica do cidadão, que reconhece seus direitos e deveres perante a sociedade, como liberdade de expressão, acesso à informação, direito à cultura, lazer e educação.

Na contemporaneidade, mesmo com as inovações tecnológicas, e principalmente com o uso da internet, várias informações são facilmente disseminadas e compartilhadas, porém essa facilidade nem sempre resulta em informação, primeiro pelos problemas ocasionados pela manipulação de informações e a


ocorrência de notícias falsas e depois pela existência de públicos que desconhecem as informações e não recebem a assistência adequada para isso.

Para o alcance da Cidadania e do Aprendizado ao longo da vida existem barreiras que devem ser combatidas. Belluzzo e Feres (2016) ressaltam a garantia da democratização do acesso a formas, meios e fontes por onde circulam a informação para a construção de uma sociedade mais equitativa. As autoras ainda complementam que é necessário o desenvolvimento de competências e habilidades para transformar a informação em conhecimento e possibilitar a formação de sujeitos históricos voltando as suas ações para o exercício da cidadania e do aprendizado ao longo da vida, tendo em vista valores como solidariedade, respeito, diversidade, a interação, colaboração, com o uso da inteligência e criatividade para desenvolver capacidade de ousar, criar e inovar de modo crítico e reflexivo.

Nesse sentido, desde a formação, o arquivista na Universidade convive com a diversidade de opiniões, julgamentos e valores e essa interatividade o leva a criar novas visões de mundo e novos significados e permite em principal, a aprendizagem significativa e a Educação continuada a partir do momento que o aprendiz consegue lidar com o relacionamento do mundo de trabalho.

É importante, nesse sentido, o diálogo entre os alunos sobre assuntos atuais, que desenvolvam o pensamento crítico e reflexivo sobre soluções teórico-práticas para a solução de problemas sociais onde a Arquivologia pode contribuir, como por exemplo, a diminuição da desinformação, a visibilidade e reconhecimento do Arquivo e do arquivista, na educação patrimonial e ações educativas voltadas para o desenvolvimento da cidadania e


estímulo do aprender a aprender tanto do arquivista em formação, como para o profissional, que irá refletir nas práticas profissionais em torno do desenvolvimento sustentável e participação mais ativa dos cidadãos na sociedade. Prática indicada pela ACRL (2015) que indica o diálogo como estratégia e prática de conhecimento, considerando que possibilita o reconhecimento de distintas perspectivas sobre um mesmo assunto.

Nesta categoria é possível considerar as atitudes éticas do arquivista como estudante e como futuro profissional. No âmbito da graduação, as atitudes antiéticas estão relacionadas especialmente com o plágio no uso da informação nas pesquisas acadêmicas. Diante dessas atividades o estudante deve considerar os valores éticos, legais e econômicos no uso da informação, e deve “[...]compreender a informação como propriedade intelectual e ter consciência para atribuir créditos à autoria original” (ACRL 2015; ALA, 2000).

Na prática laboral, o arquivista pode sofrer pressões no ambiente de trabalho e agir de forma antiética, como fornecer informações, dados e documentos sigilosos; usar do exercicio profissional para a obtenção, preservação e comunicação de documentos ou informações por motivos de interesse particular (influência política, por exemplo); omitir informações intencionalmente dos usuários, atitudes que podem prejudicar de maneiras distintas a sociedade. Por esse motivo, é relevante orientar o arquivista em formação acerca dos valores éticos, legais, econômicos e sociais que a informação arquivística detém e deve ser praticada em conjunto com seu fazer profissional.

Nesse sentido, é importante que as instituições de ensino propiciem ao aluno a capacidade de soluções éticas aplicáveis à


sua profissão, considerando que “compreender a ética das profissões da informação e sua deontologia exige uma competência específica das entidades formadoras de profissionais, o que coloca a universidade e as entidades profissionais diante de um compromisso com o próprio futuro da sociedade” (SOUZA, 2002, p. 16 apud SILVA, 2016).

Portanto, os conteúdos que dizem respeito à essa categoria, são: Conteúdos atitudinais: Ética na academia. Princípios éticos do uso da informação. Direitos autorais e reprodução de informações indevidas. Ética em ambientes informacionais. Postura ética do profissional arquivista. Código de ética. Discussão do Papel social da Arquivologia e do arquivista na sociedade contemporânea. Impactos sociais, econômicos e tecnológicos sobre o fazer arquivístico. Ações voltadas para o Arquivo como fonte de informação. Construção de conhecimentos voltados para a promoção da cidadania. A mediação do arquivista para o desenvolvimento de competências.

Os conteúdos apresentam-se como embasamento para distinguir habilidades que exigem métodos e técnicas configurando- se como novas práticas no uso, busca, interpretação e compreensão de informações e dados, no uso das capacidades cognitivas como o pensamento reflexivo e questionamento e outras habilidades inerentes do arquivista competente em informação, como a combinação de ideias e conhecimentos aliada à tecnologia e recursos informacionais voltados para atender as necessidades informacionais do arquivista, para o acervo e para o usuário.

Com os conteúdos da disciplina definidos e delimitados como conceituais, procedimentais e atitudinais será possível construir uma ementa para disciplina de Competência em Informação para o


curso de Arquivologia, de acordo com as necessidades e recursos de cada Universidade, bem como a identificação da Bibliografia básica correspondente. Na prática, essa autonomia amplia o leque de possibilidades para a inclusão de habilidades de Competência em Informação no eixo de formação do arquivista, e permite a cooperação entre as instituições para decidir os conteúdos que mais se adaptam à atual necessidade do arquivista, do mercado de trabalho e do usuário da informação, que se configuram na sociedade como um todo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Buscou-se evidenciar a importância da Competência em Informação no convívio diário do estudante de Arquivologia, por meio da oferta de disciplina, sugerida como componente curricular obrigatório. As questões que embasam a discussão teórica para a necessidade desta disciplina se relacionam com a percepção de um currículo do Curso de Arquivologia defasado, e que precisa de reformulação para atender as demandas acadêmicas, pessoais e profissionais do arquivista diante de um universo imerso em transformações.

Nesse cenário, identifica-se que os preceitos da Competência em Informação inseridos no âmbito arquivístico objetivam direcionar os estudantes e o arquivista para habilidades de pesquisa, avaliação, uso e recuperação de informações, para experimentação da informação de maneiras distintas, voltadas ao aprendizado ao longo da vida e o aprender a aprender.

Tais habilidades estão intimamente relacionadas com o uso crítico e criativo das informações, ou seja, aprimoram habilidades já existentes nos sujeitos para potencializar o uso efetivo e de


qualidade das informações, visto que a informação útil é aquela que está tratada, organizada e corresponde às necessidades dos indivíduos. Torna-se relevante, tanto para a Arquivologia quanto para o arquivista, levar-se em consideração que a Competência em Informação busca aproximar o arquivista em formação no desenvolvimento de estratégias de inovação e adaptabilidade às mudanças tecnológicas, sociais e econômicas, pautadas no questionamento, na crítica e a participação efetiva em sala de aula.

Os objetivos e conteúdos apresentados para implementação de uma disciplina de Competencia em Informação direcionada à formação em Arquivologia buscam refletir a autonomia intelectual do estudante como fator preponderante à diminuição do distanciamento entre a teoria e prática arquivística. O estímulo à aprendizagem voltada para as capacidades cognitivas atualmente sobrepõe as capacidades técnicas, sendo assim o arquivista, ao desenvolver habilidades de Competência em Informação, terá uma formação evidentemente mais ampla.

Além disso, o arquivista competente em informação atende às necessidades dos usuários (internos ou externos) e deve conduzir programas de Competência em Informação destinados a eles, de forma a administrar serviços e acervos adaptáveis ao público interno e externo, contribuir para a visibilidade da sua profissão e do Arquivo, enquanto fonte primária de informação. O arquivista contemporâneo deve buscar estreitar laços entre os usuários e o Arquivo, e como mediador contribuir para a busca, avaliação, interpretação e uso ético da informação para a apropriação da informação dos sujeitos, o aprendizado autônomo voltado à construção de conhecimentos (não apenas com pesquisas inovadoras para o meio acadêmico-científico, como também na


formulação de produtos e serviços arquivísticos) e para o pleno exercício da cidadania.

Considera-se que o arquivista competente em informação está muito distante da neutralidade, característica da Arquivística custodial, e é consciente de seu papel social e de suas responsabilidades, autoavalia seu desempenho e busca constantemente sua recapacitação e atualização com vistas à sua excelência profissional.

Sugerem-se estudos futuros relacionados à Competência em Informação voltada para a formação do arquivista. Destaca-se que os elementos aqui apresentados podem se configurar como uma proposta para inserção da Competência em Informação de modo transdisciplinar nos cursos, onde em cada disciplina, cada docente enquanto formador de conhecimento prestaria as orientações não somente para o fazer, mas o como fazer.

Apesar de ser um processo mais complexo, tanto dos planos de ensino quanto na qualificação das práticas metodológicas dos docentes, tornaria mais efetiva a assimilação de conteúdo e a formação complementar do aluno, diante da experimentação prolongada e específica de Competência em Informação nas suas tarefas. Em outro momento, deve-se atentar para a capacitação dos arquivistas que já se encontram em exercício, para que sejam direcionados à formação continuada, por meio de programas e cursos de Competência em Informação específicos para Arquivologia.


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