PATRIOTAS OU INFAMES REBELDES NORTISTAS?
as disputas de memória nas representações do movimento da Setembrada e de seus participantes na imprensa maranhense (1831-1832)
Palavras-chave:
Setembrada, Memórias, Imprensa MaranhenseResumo
Os conflitos surgidos na conjuntura formada após a abdicação do imperador, em 1831, no período inicial da chamada Era Regencial, possuíram algumas características semelhantes, especialmente pela sua composição de “tropa e povo”. Apesar de não serem muito lembrados, ou em sua maioria reduzidos a simples motins de soldados ou protestos populares, esses movimentos são significativos do estado de instabilidade política e do desejo de participação política das camadas subalternas. No Maranhão, o movimento político denominado Setembrada expressa bem as contradições desse momento, congregando interesses diferentes, (re)ordenando posições políticas, demonstrando as insatisfações tanto das camadas populares como de frações da elite local. Este estudo analisa as disputas de memórias sobre a Setembrada e os seus participantes, especialmente as lideranças constituídas pelos jovens liberais da capital, por meio das representações da imprensa maranhense do período.
Downloads
Métricas
Referências
ABRANCHES, Dunshee de. A Setembrada: a revolução liberal de 1831 em Maranhão. Rio de Janeiro: Oficinas Gráficas da S.A. Jornal do Brasil. 1970.
ABRANTES, Elizabeth Sousa. José Cândido de Morais e Silva – O “Farol” atuação política nos debates e lutas do pós-Independência no Maranhão (1828-1831). Anais do Simpósio Nacional Estado e Poder: Intelectuais, 2007, São Luís, UEMA, p. 1-16. Disponível em: <>. Acesso em: 20.09.2020.
BASILE, Marcello. O laboratório da nação: a era regencial (1831-1840). In: GRINBERG, Keila, e SALLES, Ricardo (org.). O Brasil imperial, v. II: 1831-1870. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
BASILE, Marcello. “Deputados da Regência: perfil socioprofissional, trajetórias e tendências políticas”. In: CARVALHO, José Murilo de; CAMPOS, Adriana Pereira (orgs.). Perspectivas de cidadania no Brasil Império. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011, p. 87-122.
BORRALHO, José Henrique de Paula. Um Pantheon Equinocial: a construção biográfica de maranhenses e a formação do império brasileiro. Anais do Simpósio Nacional de História, ANPUH, Fortaleza, 2009.
BORRALHO, José Henrique de Paula. Terra e céu de Nostalgia: tradição e identidade em São Luís do Maranhão. São Luís: Café & Lápis, 2011.
GODÓIS, Antônio Batista Barbosa de. História do Maranhão: Para uso dos alunos da escola normal. 2 Ed. São Luís: EDUEMA, 2008.
LEAL, Antonio Henriques. Pantheon maranhense Tomo I. Brasília: Alhambra, 1987a.
LEAL, Antonio Henriques. Pantheon Maranhense Tomo II. (1874). 2. ed. Rio de Janeiro: Academia Maranhense de Letras; Alhambra, 1987b.
LIMA, Carlos de. História do Maranhão a Monarquia. 2 Ed. São Luís: Editora Instituto GEA, 2008.
LOPES, Antônio. História da imprensa no Maranhão: 1821-1825. Rio de Janeiro, 1959.
LYRA, Maria de Lourdes Viana. O Império em construção: Primeiro Reinaldo e Regências. 2 Ed. São Paulo: Editora Atual, 2012.
MADUREIRA, Vicente Antônio Rodrigues. José Cândido de Morais e Silva: início e fim de uma saga antilusitana. Monografia (Graduação em História) – Universidade Estadual do Maranhão. São Luís, 2008.
MATEUS, Yuri Givago Alhadef Sampaio. A Setembrada: lutas políticas e participação popular no Maranhão Oitocentista (1831-1832). Monografia (Graduação em História) – Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, 2015.
MEIRELES, Mário (1960). História do Maranhão. São Luís: Siciliano, 2001.
REIS, Arthur César Ferreira. O Grão-Pará e Maranhão. In. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Tomo II, v.2. O Brasil Monárquico: dispersão e unidade, 6.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores devem concordar com os termos da Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada nesta revista, assim como, repassa a Revista Ponta de Lança como detentora dos direitos autorais da publicação.
- As opiniões expressas nos textos submetidos à Ponta de Lança são da responsabilidade dos/as autores/as.
- Autores/as conservam os direitos de autor/a e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os/As autores/as comprometem-se a seguir as “Normas para submissão de manuscritos”, na plataforma.
- Sempre que o texto precisar de sofrer alterações, por sugestão dos/as Revisores/as Científicos e/ou da Comissão Executiva, os/as autores/as comprometem-se a aceitar essas sugestões e a introduzi-las nas condições solicitadas. Sempre que houver alterações de que os/as autores/as discordem, devem ser apresentadas as respectivas justificações, caso a caso.
- A reprodução de material sujeito a direitos de autor/a foi antecipadamente autorizada.
- Os textos são originais, não publicados nem submetidos a outras revistas.
Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (BY-NC-4.0)