Do Presídio da Trafaria à Prisão Paraíso: interações entre ocupações culturais e o patrimônio histórico.
Palavras-chave:
ocupações culturais;, patrimônio cultural;, ativação patrimonial;, Presídio da TrafariaResumo
Este ensaio busca explorar as possibilidades e desafios em jogo na ativação do patrimônio histórico por ocupações culturais. O objetivo está em avaliar a contribuição específica da cultura e das artes enquanto dinamizadoras de um processo de construção sociocultural em torno do patrimônio. Ao situar o resgate da memória não enquanto fim, mas sim parte da trajetória de um lugar que segue a delinear a sua história, a ativação cultural abre espaço para a reformulação simbólica do patrimônio construído. No entanto, se, de um lado, ocupações culturais oferecem possibilidades à conservação do patrimônio e à preservação da memória, tais arranjos podem tangenciar riscos. A reflexão apresentada baseia-se no caso da Prisão Paraíso, ocupação cultural promovida pelo coletivo Ensaios e Diálogos Associação - EDA no Presídio da Trafaria, em Portugal, entre 2014 e 2019.
Downloads
Métricas
Referências
ALMEIDA, Mariana Paiva de. O património como estratégia de revitalização. Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura – Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, Lisboa, 2019. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10400.5/19859>.
BAKHOUM, Dina. Reflections on the ‘authentic’ and the ‘modern’ of architectural and urban palimpsests: case studies from Egypt. In: New Heritage Approaches, Session 11: Integrity and Authenticity. Conferência Online: Our World Heritage, 14 Jun 2021. Disponível em: <https://www.ourworldheritage.org/nha_s11/>. Acesso em: 19 jan 2022.
BANCHÓN, Mirra. ESMA: ¿Sitio de la verdad o patrimonio de la humanidad? DW, Publicação digital, 21 Abr 2021. Disponível em: <https://www.dw.com/es/esma-sitio-de-la-verdad-o-patrimonio-de-la-humanidad/a-57279635>.
BANDARIN, Francesco; OERS, Ron Van. The historic urban landscape: managing heritage in an urban century. Chichester, West Sussex, UK: Wiley Blackwell, 2012.
BONOMO, Umberto. The common space. The future of common space in modern housing. In: New Heritage Approaches, Session 12: Modern, Contemporary, and Future Heritage. Conferência Online: Our World Heritage, 14 Jun 2021. Disponível em: <https://www.ourworldheritage.org/nha_s12/>. Acesso em: 19 jan 2022.
COSTA, Carolina Pacheco. Intercâmbios entre as artes e a arquitetura: Os movimentos associativos e ações participativas na Trafaria. Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura – ISCTE-IUL, Lisboa, 2019. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10071/20204>.
CYMBALISTA, Renato. Lugares de memória difícil: as medidas da lembrança e do esquecimento. In: CYMBALISTA, R.; FELDMAN, S.; KÜHL, B. M. (Org.). Patrimônio cultural: memória e intervenções urbanas. São Paulo: Annablume, 2017. p. 231–236.
EDA. Ensaios e Diálogos Associação - EDA. Página Institucional. Disponível em: <https://e-da.pt>.
ESPACIO MEMORIA. Candidatura Patrimonio Mundial de UNESCO. Página Oficial do Projeto. Disponível em: <https://www.espaciomemoria.ar/candidatura_patrimonio_unesco/>.
FORTUNA, Carlos. Destradicionalização e Imagem da Cidade: O Caso de Évora. In: FORTUNA, C. (Org.). Cidade, cultura e globalização: ensaios de sociologia. Oeiras [Portugal]: Celta Ed, 1997. p. 226–249.
FORTUNA, Carlos; RIBEIRO, António Sousa. Simmel: A Ruína. [S.l.]: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2019.
GUARNACCI, Ugo. Heritage at risk: who is sensitive about gender-sensitive Approaches for disaster & conflict management in Indonesia? In: New Heritage Approaches, Session 18: Heritage of the Marginalized. Conferência Online: Our World Heritage, 17 Jun 2021. Disponível em: <https://www.ourworldheritage.org/nha_s18/>. Acesso em: 19 jan 2022.
HASSAN, Fekri. Heritage for life – Egypt’s living heritage community engagement in re-creating the past project. In: New Heritage Approaches, Session 06: Living Heritage: linking tangible and intangible heritage. Conferência Online: Our World Heritage, 9 Jun 2021. Disponível em: <https://www.ourworldheritage.org/nha_s06/>. Acesso em: 19 jan 2022.
IHRU, Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. Áreas de Reabilitação Urbana - O que são. Página Governamental. Disponível em: <https://www.portaldahabitacao.pt/web/guest/area-de-reabilitacao-urbana>.
IHRU, Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. ARU da Trafaria. Página Governamental. Disponível em: <https://www.portaldahabitacao.pt/web/guest/consulte-as-aru#/arusInfo>.
LEAL, Carlos Barradas. OuTrafaria. Trafaria: Junta da União das Freguesias de Caparica e Trafaria, 2014.
MACHADO E SILVA, Mariana Busson; OLIVEIRA TOURINHO, Andréa De. Lugares de memória difícil em São Paulo: reconhecimento de valor nas políticas de preservação do patrimônio cultural. In: arq.urb, n. 25, p. 1–21, 25 Mai 2019.
MALHEIRO, José. Associativismo popular: originalidade do povo português. Almada, Portugal: Câmara Municipal de Almada, 1996.
MALTY, Larissa dos Santos. Participação Social Decorrente da Implantação de Megaprojetos em Pequenas Comunidades: o caso da Trafaria, estuário do rio Tejo. 2017. Tese de Doutoramento em Ecologia Humana – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2017.
MESKELL, Lynn. A future in ruins: UNESCO, world heritage, and the dream of peace. New York, NY: Oxford University Press, 2018.
MOUTINHO, Vera. Nasceu um cinema itinerante na Trafaria que sonha percorrer as vilas piscatórias do país. Público, Publicação digital, 12 Out 2018. Disponível em: <https://www.publico.pt/2018/10/12/culturaipsilon/noticia/nasceu-um-cinema-itinerante-na-trafaria-que-sonha-em-percorrer-as-vilas-piscat-1847298>. Acesso em: 22 jul 2021.
MOUTINHO, Vera. O mar nunca cala, fala sempre. Esta opereta também. Público, Publicação digital, 20 Dez 2014. Disponível em: <https://www.publico.pt/2014/12/20/culturaipsilon/noticia/o-mar-nunca-cala-fala-sempre-esta-opereta-tambem-1680038>. Acesso em: 22 jul 2021.
OLIVEIRA, Rafael. Trafaria: uma viagem pela história do forte-presídio. Sapo, Publicação digital, 1 Out 2020. Disponível em: <https://viagens.sapo.pt/viajar/viajar-portugal/artigos/trafaria-uma-viagem-pela-historia-do-forte-presidio>.
PCP, Partido Comunista Português. PROJECTO DE LEI N.o 992/XII/4ª: Criação da Freguesia da Trafaria, no Concelho de Almada, Distrito de Setúbal. Página institucional. Disponível em: <https://www.pcp.pt/criacao-da-freguesia-da-trafaria-no-concelho-de-almada-distrito-de-setubal>. Acesso em: 22 jul 2021.
RICOEUR, Paul e colab. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: UNICAMP, 2007.
RITO, Francisco Alves. Forte da Trafaria renasce como centro de artes e tecnologias da Universidade Nova de Lisboa. Público, Publicação digital, 9 Set 2020. Disponível em: <https://www.publico.pt/2020/09/09/local/noticia/forte-trafaria-renasce-centro-artes-tecnologias-universidade-nova-lisboa-1930995>. Acesso em: 22 jul 2021.
SILVA, Francisco; RAMALHETE, Filipa. Associativismo, Identidade e Território no Concelho de Almada. In: MARQUES, C. A. (Org.). Planeamento Cultural Urbano em Áreas Metropolitanas. Casal de Cambra [Portugal]: Caleidoscópio, 2019.
UNESCO. ESMA Site Museum - Former Clandestine Centre of Detention, Torture, and Extermination. Página Institucional. Disponível em: <https://whc.unesco.org/en/tentativelists/6248/>. Acesso em: 22 jul 2021.
ZANIRATO, Sílvia Helena. Patrimônio e identidade. In: Revista CPC, v. 13, n. 25, p. 7–33, 24 Set 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores devem concordar com os termos da Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada nesta revista, assim como, repassa a Revista Ponta de Lança como detentora dos direitos autorais da publicação.
- As opiniões expressas nos textos submetidos à Ponta de Lança são da responsabilidade dos/as autores/as.
- Autores/as conservam os direitos de autor/a e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os/As autores/as comprometem-se a seguir as “Normas para submissão de manuscritos”, na plataforma.
- Sempre que o texto precisar de sofrer alterações, por sugestão dos/as Revisores/as Científicos e/ou da Comissão Executiva, os/as autores/as comprometem-se a aceitar essas sugestões e a introduzi-las nas condições solicitadas. Sempre que houver alterações de que os/as autores/as discordem, devem ser apresentadas as respectivas justificações, caso a caso.
- A reprodução de material sujeito a direitos de autor/a foi antecipadamente autorizada.
- Os textos são originais, não publicados nem submetidos a outras revistas.
Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (BY-NC-4.0)