Cabeças cortadas
trofeus exibidos e punição no embate entre volantes e cangaceiros, sertões nordestinos brasileiros (1922 – 1938)
DOI:
https://doi.org/10.61895/pl.v17i33.19549Palavras-chave:
cortar cabeças, volantes, cangaceiros, sertão nordestinoResumo
Este texto objetiva discutir a prática de cortar cabeças, utilizadas por policiais volantes, quando da perseguição empreendida a cangaceiros, nos sertões nordestinos, entre os anos de 1922 e 1938. A discussão leva em conta o imaginário do nordestino sertanejo sobre esta prática, mostrando-a como uma das muitas representações de uma sociedade construída distanciada do que era tido como “civilização”, que desenvolveu um modo de ser e estar no mundo específico, onde a violência se revelava traço característico de sua identidade. Para a construção desse texto foi feita revisão bibliográfica, sendo trazido à luz conceitos da história cultural, bem como narrativas presentes na historiografia que trata da temática volantes e cangaceiros.
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