Territorialização dos Sertões da Bahia
novas Vilas e territórios no Século XIX
DOI:
https://doi.org/10.61895/pl.v17i33.19772Palavras-chave:
Sertões da Bahia, Territorialização, Século XIXResumo
O século XIX foi marcado por reconfigurações no secular Império português decorrentes da expansão do Império napoleônico. A Coroa portuguesa decidiu transferir a sede desse império para a América – um de seus principais territórios, de onde provinha as maiores fontes de renda, na ocasião. Este estudo visa elucidar os eventos que provocaram o avanço sobre as fronteiras internas da América portuguesa, especialmente em seus sertões, com a dinamização do comércio interno colonial, e a constituição de novas vilas e, consequentemente, novos territórios. No Alto sertão da Bahia, o desenvolvimento da economia algodoeira e suas subsidiárias, influenciou o aumento da produção e circulação de riquezas, o advento de novas categorias econômicas que, aos poucos, passou a constituir uma comunidade política que demandava por novos núcleos de poder. Com isso, as vilas surgidas no século XIX traduziram as transformações econômicas dos sertões da Bahia, a partir de uma maior dinamização das trocas mercantis, promovendo a (re) territorialização desses sertões.
Downloads
Métricas
Referências
ABREU, Capistrano de. Caminhos antigos e povoamento do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1989.
ACCIOLI-AMARAL. Memórias históricas e políticas da Província da Bahia do Coronel Ignacio Accioli de Cerqueira e Silva. Anotador Dr. Braz do Amaral. 6 vols. Bahia, Imprensa Oficial do Estado, vol. 03, 1919-40, pp. 221-222;
BITENCOURT, José de Sá, “Memórias sobre a plantação dos algodões e sua exportação; sobre a decadência da lavoura de mandioca no termo de Camamu, Comarca de Ilhéus, Bahia apresentada e oferecida ao Príncipe do Brasil”. Lisboa: oficina de Simão Tadeu Ferreira, 1798.
BRITO, João Rodrigues. Cartas econômico-políticas sobre a agricultura e o commércio da Bahia, pelo desembargador João Rodrigues de Brito, Deputado das Cortes; e outros. Lisboa: na Imprensa Nacional, 1821. DOI: https://doi.org/10.5962/bhl.title.18350
FREIRE, Felisbello. História Territorial do Brazil. (Bahia, Sergipe e Espírito Santo). Edição fac-simmile. Salvador: Secretaria da Cultura e do Turismo, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, 1998.
IVO, Isnara Pereira. Homens de caminho: trânsitos culturais, comércio e cores nos sertões da América Portuguesa. Século XVIII. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2012.
NEVES, Erivaldo Fagundes. Curraleiro, crioulo, peduro: A pecuária como fator da formação socioeconômico do semiárido. In: NEVES, (Org.). Sertões da Bahia - Formação Social, Desenvolvimento Econômico, Evolução Política e Diversidade Cultural. Salvador: Editora Arcádia, 2011.
NEVES, Erivaldo Fagundes. Estrutura fundiária e dinâmica mercantil: Alto Sertão da Bahia, séculos XVIII e XIX. Salvador: EDUFBA; Feira de Santana: UEFS, 2006.
NEVES, Erivaldo Fagundes. Uma comunidade sertaneja: da sesmaria ao minifúndio (um estudo de história regional e local). Salvador: Editora da UFBA; Feira de Santana, BA: UEFS, 1998.
NEVES, Erivaldo Fagundes; MIGUEL, Antonieta (org.). Caminhos do sertão: ocupação territorial, sistema viário e intercâmbios coloniais dos sertões da Bahia. Editora Arcaria, 2007.
NEVES, Erivaldo Fagundes. Sertão como recorte espacial e como imaginário cultural. Politeia-História e Sociedade, v. 3, n. 1, 2003.
PERAFAN, Mireya E. Valencia & OLIVEIRA, Humberto. Território e Identidade. Coleção Políticas e Gestão Culturais. SECULT, 2013.
SANTOS FILHO (Lycurgo). — Uma comunidade rural do Brasil Antigo. Edição ilustrada. Volume 9 da Coleção "Brasiliana". Série Grande Formato. Cia. São Paulo: Editora Nacional. 1956. p. 254.
SANTOS, Márcio. Bandeirantes Paulistas no Sertão do São Francisco: Povoamento e Expansão Pecuária de 1688 a 1734. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
SANTOS, Raphael Freitas. Minas com Bahia: mercados e negócios em um circuito mercantil setecentista. 2013.
SAQUET, Marcos Aurélio. Abordagens e concepções sobre território. 4. ed. - São Paulo: Outras Expressões, 2015.
SILVA, Ana Cristina Nogueira da. O Modelo Espacial do Estado Moderno – Reorganização Territorial em Portugal nos Finais do Antigo Regime. Lisboa: Editora Estampa, 1998. (Coleção Histórias de Portugal, V. 40).
SILVA, Zezito Rodrigues da. Uma vila na periferia do Império: Sociedade, Território e Poder no Alto Sertão da Bahia (Vila Nova do Príncipe e Santa Anna de Caitete, 1810-1821). Tese (doutorado). Universidade Federal Fluminense – UFF: Niterói, 2021.
VAINFAS, Ronaldo. O sertão e os sertões na história luso-brasileira. Revista de História da Sociedade e da Cultura, n. 19, p. 225-245, 2019. DOI: https://doi.org/10.14195/1645-2259_19_9
VON MARTIUS. Carl Friedrich Philipp.; VON SPIX, Johann Baptist. Através da Bahia (Excerptos da obra Reise in Brasilien) - Trasladados ao português pelos Drs. Pirajá da Silva e Paulo Wolf. 3. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1938.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores devem concordar com os termos da Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada nesta revista, assim como, repassa a Revista Ponta de Lança como detentora dos direitos autorais da publicação.
- As opiniões expressas nos textos submetidos à Ponta de Lança são da responsabilidade dos/as autores/as.
- Autores/as conservam os direitos de autor/a e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os/As autores/as comprometem-se a seguir as “Normas para submissão de manuscritos”, na plataforma.
- Sempre que o texto precisar de sofrer alterações, por sugestão dos/as Revisores/as Científicos e/ou da Comissão Executiva, os/as autores/as comprometem-se a aceitar essas sugestões e a introduzi-las nas condições solicitadas. Sempre que houver alterações de que os/as autores/as discordem, devem ser apresentadas as respectivas justificações, caso a caso.
- A reprodução de material sujeito a direitos de autor/a foi antecipadamente autorizada.
- Os textos são originais, não publicados nem submetidos a outras revistas.
Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (BY-NC-4.0)