A produção da materialidade do Impresso Escolar Ecos Juvenis do Colégio Nossa Senhora auxiliadora de Campo Grande - SUL do Antigo Mato Grosso (1936-1951)
DOI:
https://doi.org/10.61895/pl.v18i35.21270Palavras-chave:
Ecos Juvenis, Impressos escolares, MaterialidadeResumo
Neste texto objetiva-se investigar a produção da materialidade do Ecos Juvenis, para observação da construção identitária do veículo e identificar indícios de autonomia estudantil nesta produção. O referido impresso era vinculado ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, localizado em Campo Grande, sul do antigo Mato Grosso. Utiliza-se uma perspectiva histórica vinculada à Nova História Cultural, com o referente teórico Roger Chartier, e sociológica, vinculada à Pierre Bourdieu. Os resultados sinalizam intencionalidades em produzir sentidos aos leitores pela materialidade, ora vinculado à publicização da instituição escolar católica para engendrar a exemplaridade do colégio para as moças das elites, ora para alinhar materialidade e textualidade, também, obtêm-se indícios que o controle do impresso era institucional, consequentemente, compreende-se que havia uma autonomia estudantil relativa.
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