Indígenas, Caboclos e moradores de Aldeia: a memória do extinto aldeamento de Água Azeda e suas querelas judiciais

Autores

  • Carine Santos Pinto Professora da rede privada de ensino em Aracaju. Mestre em História pela Universidade Federal de Alagoas (2016)

Resumo

O presente texto se propõe a analisar a memória dos moradores e ex-moradores do atual povoado Aldeia, localizado no município de São Cristóvão-SE, através de entrevistas realizadas no extinto aldeamento de Água Azeda. Durante os depoimentos foram buscadas informações relativas aos conflitos enfrentados pelos mesmos e seus antepassados, que acabaram por contribuir no silenciamento dos indícios da cultura indígena daquela localidade. Para tanto, foi feito uso das técnicas da história oral, que aliadas aos teóricos aqui aplicados trouxeram novidades científicas para a área da história indígena sergipana. Os autores utilizados neste estudo alternam-se entre teóricos da Nova História Indígena, assim como Maria Regina Celestino, João Pacheco de Oliveira, Maria Hilda B. Paraíso, entre outros e teóricos da história política, cultural e história oral. 

Palavras-chave: Aldeia, indígenas, Sergipe, memória.

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Biografia do Autor

Carine Santos Pinto, Professora da rede privada de ensino em Aracaju. Mestre em História pela Universidade Federal de Alagoas (2016)

Mestre em História pela Universidade Federal de Alagoas

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Publicado

2018-03-05

Como Citar

PINTO, Carine Santos. Indígenas, Caboclos e moradores de Aldeia: a memória do extinto aldeamento de Água Azeda e suas querelas judiciais. Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura, São Cristóvão, v. 11, n. 21, p. 115–130, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/pontadelanca/article/view/7990. Acesso em: 22 dez. 2024.