O problema da apreensão do bom fim em Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v11i29.10869Resumo
O presente texto tem como objeto uma pergunta e como objetivo não a responder de modo definitivo, mas problematizá-la, mostrando os limites da concepção de razão aristotélica quando se trata da apreensão correta do fim da ação. A pergunta é a seguinte: como o bom fim da ação é apreendido? A resposta não é evidente por dois motivos: o primeiro é que Aristóteles nos diz que a virtude moral é responsável pela correta apreensão dos fins, sem deixar claro em que sentido ela é responsável. O segundo motivo é que o filósofo sustenta que a função racional concernente às ações é essencialmente deliberativa e que a deliberação diz respeito aos meios e não ao fim da ação. Afinal, o que significa dizer que a virtude moral produz o alvo correto? Quais capacidades estão em jogo para que se constitua o bom fim a ser desejado? Posta a dificuldade, o objetivo deste texto é antes o de elaborar os meandros concernentes ao problema da apreensão do fim da ação presente na Ética Nicomaqueia, de Aristóteles, do que o de fornecer mais uma resposta dentre as várias já existentes. Todavia, em diálogo com as interpretações racionalista e irracionalista da ética aristotélica, é aventada a hipótese de haver uma razão persuasiva partícipe do desejo capaz de apreender o bom fim.Downloads
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Publicado
2019-04-20
Como Citar
Aggio, J. (2019). O problema da apreensão do bom fim em Aristóteles. Prometheus - Journal of Philosophy., 11(29). https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v11i29.10869
Edição
Seção
Artigos Originais