ENTRE O MECÂNICO E O NÃO-MECÂNICO: NOTAS SOBRE A QUESTÃO DO ANIMAL A PARTIR DE DESCARTES E CONDILLAC

Autores

  • Fernando Sepe Gimbo https://orcid.org/0000-0002-9906-9379

DOI:

https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v12i34.10942

Resumo

RESUMO: Trata-se de propor uma leitura sobre a questão do animal a partir de uma comparação entre textos de Descartes e Condillac. A hipótese desenvolvida se coloca em paralelo às tradicionais leituras que opõem de forma axial os dois autores. Ainda que, evidentemente, suas posições sejam absolutamente diferentes, buscamos mostrar como há uma complementaridade possível no que diz respeito às posições teóricas, assim como uma convergência no sentido prático. Para tanto, primeiramente busco reconstruir, em linhas gerais, o animal-máquina tal como apresentado nos textos de Descartes. Isso nos auxilia a se separar de uma visão caricata que a posterioridade reservou de tal conceito. Feito isso, sigo Georges Canguilhem (2009) em sua explicação de como o mecanicismo pressupõem uma relação com algo de não-mecânico para que suas explicações realmente façam sentido. É essa a chave de leitura utilizada na leitura do Tratado dos Animais de Condillac, buscando apresentar como a ideia de besoin caracteriza tal dinâmica. Por fim, apoiados em alguns trechos de sua Lógica, busca-se mostrar como Condillac não pode abrir mão plenamente do mecanicismo, sugerindo então um sistema de reenvios e não de ruptura, com o racionalismo próprio ao século XVII.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2019-07-20

Como Citar

Gimbo, F. S. (2019). ENTRE O MECÂNICO E O NÃO-MECÂNICO: NOTAS SOBRE A QUESTÃO DO ANIMAL A PARTIR DE DESCARTES E CONDILLAC. Prometeus Filosofia, 12(34). https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v12i34.10942

Edição

Seção

Artigos Originais