AS PAIXÕES DA ALMA NO MEDIEVO, O MOVIMENTO DO DESEJO NO INTERIOR DA VONTADE EM SANTO AGOSTINHO
Resumo
O artigo visa apresentar um estudo acerca das paixões da alma na filosofia de Santo Agostinho. Dada a amplitude do tema das paixões, circunscrevemos como objeto para esse estudo o desejo, tendo em vista, a sua preponderância na psicologia cognitiva humana. Assim considerando que o núcleo em torno do qual gravita toda experiência do ser humano é o desejo de felicidade, este tema perpassa todas as fontes do humanismo latino e vai demarcar a singularidade do pensamento de Agostinho. O Hiponense situa o movimento do desejo no interior da vontade, ultrapassando o aspecto fisiológico dessa noção e situando a sua origem nas faculdades da mente humana. Sendo a vida humana, geralmente, determinada por aquilo que deseja, para Agostinho é a eternidade, o objeto de desejo que harmoniza a vida da alma. Agrande invenção de Agostinho e talvez o seu principal legado para a mística cristã, talvez a herança agostiniana do neoplatonismo, foi identificar o desejo de Deus impresso no interior da alma e sua potência no dinamismo espiritual da alma, esse talvez seja o seu principal legado para a mística cristã no Ocidente
Palavras Chaves: Cognição, desejo, Vontade, Deus, alma, Agostinho