ANTROPOFAGIA FILOSÓFICA NO BRASIL
uma peripécia modernista da Esfinge mitológica
DOI:
https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v14i40.16688Resumo
O presente artigo procura apresentar o pensamento modernista e antropofágico brasileiro como uma espécie de crítica antiedipiana ao legado trágico e filosófico da modernidade antropocêntrica do século XVII. Com esse intuito, o artigo busca abordar o modo como a modernidade filosófica, científica e política seiscentista poderia ser entendida no registro de uma racionalização dos mitos e dos ídolos ancestrais. Sob o prisma heliocêntrico e antropocêntrico dessa modernidade seiscentista, o artigo busca apresentar como uma racionalização do mito do Édipo e da Esfinge parece ter regulado a fundamentação de uma ciência moderna tanto natural quanto política em pensadores como Galileu, Bacon e Hobbes. No registro antropofágico de um modernismo artístico brasileiro crítico da própria modernidade científica e filosófica do século XVII, o principal interesse do presente artigo consiste em apresentar a antropofagia brasileira como uma espécie de reviravolta antiedipiana da enigmática Esfinge mitológica.