Pela democratização radical da filosofia

Autores

  • Juliana Aggio

DOI:

https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v16i46.22295

Resumo

Este ensaio procura mostrar a complexidade da atual situação da filosofia acadêmica no Brasil ao especular as razões da exclusão estrutural de mulheres, negros e indígenas. Da exclusão sobressai o que percebemos como sendo nossa dificuldade em ousarmos filosofar. A explicação sobre o fato visível e quantificável da evasão de alunas da filosofia não é óbvia, mas a reação a ele é visível e palpável na insurgência do movimento feminista das filósofas brasileiras. O ponto problemático, porém, é que a mudança estrutural pressupõe um processo de democratização radical da filosofia acadêmica, o que não ocorrerá apenas pela força da mobilização social e tentativa de sensibilização de nossos pares, mas, sobretudo, pelas políticas de ação afirmativa, mudança de critérios na seleção da pós-graduação e em concurso docente e transformações estruturais no ambiente de formação em filosofia por meio de uma reforma curricular mais ampla e inclusiva e um combate diário às atitudes racistas e sexistas de seus membros de modo a torná-lo menos agressivo, competitivo e opressor.

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Publicado

2024-12-29

Como Citar

Aggio, J. (2024). Pela democratização radical da filosofia. Prometheus - Journal of Philosophy., 16(46). https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v16i46.22295

Edição

Seção

Dossiê Mulheres na Filosofia