HUME E O IS-OUGHT PROBLEM: O dever moral sob uma perspectiva naturalizada

Autores

  • Bruno Martinez Portela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

DOI:

https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v10i23.6397

Resumo

Segundo a interpretação usual, a passagem is-ought de David Hume revela uma barreira lógica entre deveres e descrições de fatos. MacIntyre desafiou esta interpretação e manteve o debate em movimento, mostrando que a pretensão de Hume não foi negar a existência de deveres morais, mas mostrar que a passagem do é para o deve precisa ser feita adequadamente. Em seu tempo, Kant afirmou que a noção de dever moral não pode ser dissociada de seu valor absoluto, segue-se que as morais empiristas não seriam capazes de apresentar uma teoria normativa. Nesse sentido, o presente artigo pretende mostrar que a noção de dever oferecida por Hume é circunscrita ao campo da contingência e difere daquela defendida pela tradição, afastando a noção de obrigação moral da visão legalista de normatividade. Há, portanto, espaço para pensarmos a normatividade a partir de uma visão naturalista da moral, contudo, é preciso abrir mão do conceito robusto de dever no sentido tradicional.

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Biografia do Autor

Bruno Martinez Portela, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

Doutorando no Departamento de Filosofia da UFSM

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Publicado

2017-06-17

Como Citar

Portela, B. M. (2017). HUME E O IS-OUGHT PROBLEM: O dever moral sob uma perspectiva naturalizada. Prometheus - Journal of Philosophy., 10(23). https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v10i23.6397

Edição

Seção

Dossiê David Hume