O HÁBITO COMO EXERCÍCIO FILOSÓFICO EM EPICTETO

Autores

  • Diogo da Luz Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v11i27.8894

Resumo

O hábito para os estoicos deve ser entendido de modo diferente da maneira descrita por Platão ou Aristóteles. Dado que, para estes, a formação do caráter é considerada a partir de uma psicologia que aborda a alma por meio de partes distintas, tal interpretação os levou a descrever o hábito como um elemento fundamental para a educação da parte irracional da alma, enquanto a parte racional é educada por meio da razão. Para os estoicos, no entanto, o hábito se faz importante para a alma como todo, sem distinção entre racional e irracional. Seguindo essa perspectiva, Epicteto não trata da habituação de qualquer elemento irracional. Quando o filósofo fala em “habituar-se” a determinadas ações, ele não se refere a uma atividade de repetição que condiciona aspectos distintamente irracionais, mas, ao contrário, refere-se a uma atividade autonomamente filosófica, que envolve a razão, com atenção especial ao cuidado com as representações.

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Publicado

2018-08-20

Como Citar

da Luz, D. (2018). O HÁBITO COMO EXERCÍCIO FILOSÓFICO EM EPICTETO. Prometheus - Journal of Philosophy., 11(27). https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v11i27.8894

Edição

Seção

Dossiê Estoicismo