A trajetória administrativa no Atlântico Ultramar Português do ouvidor Amaro Luís de Mesquita Pinto (1744-1759)
Resumo
O presente artigo é pautado na trajetória administrativa do bacharel Amaro Luís de Mesquita Pinto e sua atuação nas comarcas de Sergipe d’El Rei e Ilhas de Cabo Verde. Essas duas áreas do Atlântico português eram consideradas menos atraentes para oficiais régios pelos perigos e histórico de relações conflituosas entre as elites locais, os capitães-mores (governadores) e ouvidores. A partir de trajetória desse magistrado, buscamos compreender aspectos ligados à carreira de magistrados nas conquistas ultramarinas portuguesa na América e África insular, como a relação com os poderes locais e as estratégias dos ouvidores para garantirem o exercício da autoridade régia (central) e adequá-la, quando possível, às necessidades e anseios dos poderes locais de modo a garantir a governança e o bom exercício da justiça.