SELETIVIDADE E EFICIÊNCIA DAS ARTES DE PESCA UTILIZADAS NA CAPTURA DE Ucides cordatus (LINNAEUS, 1763), SERGIPE, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.2312/Actafish.2013.1.1.29-44Palavras-chave:
inovação tecnológica, tamanho de captura, sustentabilidade, catadores.Resumo
O caranguejo-uçá (Ucides cordatus) é considerado um dos componentes mais importantes da fauna dos manguezais brasileiros, ocorrendo desde o Amapá até o litoral sul de Santa Catarina. Sua captura é realizada durante todo o ano, de diferentes formas: braceamento, gancho, tapado, redinha, armadilha e laço. Algumas das técnicas de captura desenvolvidas e adotadas pelos pescadores, ao longo dos anos, não são permitidas por lei, porém, não existe uma fiscalização eficiente para inibir essas práticas. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi analisar a seletividade e eficiência das capturas de U.cordatus utilizando duas artes de pesca (tapado e redinha) na região sul de Sergipe, no período de março a dezembro de 2012 com coleta de dados mensal. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e acompanhamento das coletas. Os resultados demonstraram que na técnica de tapagem os catadores encontram, durante as coletas, maior número de tocas vazias do que na técnica da redinha, esse dado é justificado pelo fato de que é possivel que os caranguejos escapem por outra toca (o que os catadores chamam de suspiro da toca). Ambas as técnicas são seletivas para o tamanho de captura dos machos, que apresentam largura de carapaça (LC±DP) de 7,0±0,5 cm. As fêmeas capturadas e indivíduos pequenos (largura de carapaça inferior a 6,0 cm), após as observações, foram devolvidos ao manguezal. As duas técnicas de captura são bastante eficientes, uma vez que aproximadamente 95% das redinhas colocadas e 93% das tocas tapadas são encontradas pelos catadores. A introdução dessas inovações tecnológicas, nas capturas de caranguejo-uçá, foram difundidas e, logo após, proibidas, sem haver nenhum debate com os pescadores.
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