A EXPERIÊNCIA DO FEMININO FRENTE ÀS HOSTILIDADES DA CIDADE
GÊNERO, CORPO, ARTE E GRAFFITI
DOI:
https://doi.org/10.21665/2318-3888.v9n18p331-344Resumo
A proposta deste artigo se volta a uma leitura do graffiti enquanto fenômeno urbano em diálogo com a estrutura da cidade como espaço de disputas a partir de uma perspectiva de gênero, buscando contribuir para uma discussão sobre o transitar das mulheres pelo ambiente público “por sobre os ombros” de grafiteiras que ressignificam estes espaços, apoiadas na representação de entendimentos sobre uma cidade pensada e planejada segundo uma ideia de universalidade do humano, ou seja, uma perspectiva hegemônica do masculino em detrimento do feminino. O texto busca refletir sobre a experiência das grafiteiras na Grande Aracaju, a partir de relatos apreendidos durante saídas para grafitar, junto a suas práticas cotidianas. Nesse contexto questões como o medo da cidade e a hostilidade de gênero são analisadas como formas de experimentar a cidade, compartilhando assim algumas impressões dessas saídas, apresentando as falas de algumas interlocutoras junto às impressões da autora sobre os caminhos que percorremos na cidade.
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