CIDADES NEGRAS – PETRÓPOLIS IMPERIAL
DOI:
https://doi.org/10.21665/2318-3888.v2n4p81-96Abstract
Cidade negra e população negra são o enfoque deste artigo sobre a cidade de Petrópolis na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, visando estabelecer novos parâmetros para discussão do espaço geográfico da região da cidade de Petrópolis por meio de outras explicações sobre o povoamento e desenvolvimento desta localidade. Cidade que a história oficial consagrou como cidade imperial e de colonização alemã, negando de forma ideológica as atividades econômicas da cidade e da região e tornando invisível a existência de população de maioria afrodescendente. Apresentamos neste artigo uma discussão sobre a ideologia da colonização alemã como solução para o Brasil, o que explica a imigração alemã para a localidade e também permite compreender a formação da ideologia sobre as origens populacionais e econômicas deste lugar. Argumentamos contra tal ideologia, reafirmando e investigando a existência de colonizadores africanos a partir das diversas fontes que podem levar ao encontro das inscrições afro, materiais e imateriais, na história e na cultura da região. Partimos da ideia da constituição de um território no período colonial que se deu devido ao fluxo de populações dos arredores, não somente devido à Estrada do Ouro. A base do povoamento da região veio das fazendas que exploravam o trabalho escravizado. Do território ocupado por africanos e afrodescendentes, nasceu a cidade que, posteriormente, instalou alguns grupos de alemães e, nesta fusão populacional, constituiu-se a forte presença de populações negra e mesmo branca, de outra origem que não a alemã. Local que devido à existência da Estrada do Ouro, ligando cidades mineiras ao porto do Rio de Janeiro, recebeu as inscrições de povoamento de africanos e afrodescendente pelos dois séculos antes da fundação oficial da cidade. O artigo se concentra nos documentos que demonstram a existência de população negra na localidade.Downloads
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Published
2015-05-09
How to Cite
AQUINO, Renata; JUNIOR, Henrique Cunha. CIDADES NEGRAS – PETRÓPOLIS IMPERIAL. Ambivalências, São Cristóvão-SE, v. 2, n. 4, p. 81–96, 2015. DOI: 10.21665/2318-3888.v2n4p81-96. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Ambivalencias/article/view/3599. Acesso em: 22 dec. 2024.
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