A PRÁTICA DE TRANÇAR CABELOS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO DO CAMPO
DOI:
https://doi.org/10.34179/revisem.v9i4.20140Resumen
O artigo tem como objetivo identificar, de uma perspectiva etnomatemática, os conhecimentos presentes na prática de trançar cabelos e sua potencialidade para o ensino de Matemática, fazendo relação entre o conhecimento matemático das trancistas e o conhecimento matemático escolar. Para atingir os objetivos, inspiramo-nos na metodologia de pesquisa de narrativa autobiográfica, por meio da experiência da autora como trancista e discente do curso de licenciatura em Educação do Campo com habilitação em Matemática, em que a mesma observou os conhecimentos matemáticos na prática de trançar cabelos relacionando com os conhecimentos matemáticos escolares. Tomamos como base teórica os princípios da Etnomatemática e da Educação do Campo, bem como o texto da Lei Federal 11.645/2008. Com os resultados dessa pesquisa, concluímos que a prática de trançar cabelos mobiliza conhecimentos que podem contribuir para o processo de ensino e aprendizagem da matemática escolar, pois apresenta, de maneira contextualizada, alguns conceitos matemáticos discutidos na escola. Além disso, o professor, ao adotar em suas aulas essa prática social de matematizar, poderá fortalecer a identidade e resgatar a cultura e a história afro-brasileira.
Palavras-chave: Educação do campo. Etnomatemática. Cultura afro. Ensino de matemática. Trancista.
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Derechos de autor 2024 Ana Cláudia Antônio da Silva, José Vilani de Farias
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