A revolução da fantasia
Resumo
Nossa hipótese consiste em indicar que o conceito de fantasia pode propor uma orientação ético-política para a experiência contemporânea. Tentaremos encaminhar nosso argumento em dois momentos: o primeiro, de caráter historiográfico e epistémico, retomamos a discussão sobre o Romantismo a partir obra de Michel Löwy & Robert Sayre (2015), demarcando o ponto nodal que este movimento cultural professa, qual seja, o de ser uma oposição ao modo de vida da época. Em um segundo momento, recuperaremos os escritos freudianos a fim de, circunscrevendo a definição da fantasia, ser capaz de mostrar assim que se a psicanálise possui alguma filiação com o romantismo, esta passa pela sua força crítica diante de um modo de vida que produz sofrimento. Por sua vez, esse desconforto, assim como pode paralisar, pode também orientar o sujeito a conceber um cenário futuro, libertando-o da apatia.
Palavras-chave: Fantasia, Romantismo, Psicanálise, Revolução