A posição do analista e a escuta-leitura do significante

Autores

  • Guilherme Olivier da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Marta Regina de Leão D'Agord UFRGS

Resumo

Este artigo tem como propósito investigar as vicissitudes da posição do analista. Em primeiro lugar, é feita a distinção da situação de atendimento psicanalítico como uma experiência de discurso, na qual a fala é o principal meio. Em segundo, busca-se ver os modos variados de apreensão do “texto” de uma sessão. A escuta psicanalítica é concebida como aquela pela qual as palavras são lidas em seus elementos mínimos, instaurando jogos com a linguagem. A partir das formulações lacanianas, privilegia-se, portanto, a atenção concedida às palavras na sessão psicanalítica, e, sobretudo, a potência delas diante da interferência causada pela atual difusão de expressões do discurso científico que pretendem descrever o mal-estar. O objetivo é compreender de que maneira o psicanalista, por meio da escuta-leitura do significante, toca o real, mesmo que com o atravessamento do vocabulário nosográfico. Conclui-se que a posição de sujeito depende do modo como o psicanalista se posiciona.

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Publicado

2022-08-06

Edição

Seção

Artigos: Estudos Teóricos e Ensaios