A Loucura entre a Psiquiatria e a sua Reforma: uma relação de continuidade

Autores

  • Sâmea Carolina Ferreira Quebra
  • Ernani Chaves

Resumo

Este artigo sugere uma aproximação entre o discurso da Reforma Psiquiátrica Brasileira com o período reconhecido como inaugural da Psiquiatria médico-científica, o primeiro iniciado em meados do século XX e o segundo na transição do século XVIII para o XIX. A hipótese sustentada concebe uma continuidade entre os referidos períodos e foi desenvolvida quando questionamos se a Reforma Psiquiátrica produziu a ruptura com discursos e práticas típicos da tradição psiquiátrica que, ao inventar a loucura como doença (mental), negou a existência de uma experiência subjetiva naquele reconhecido como louco. Expomos, brevemente, a história da psiquiatria moderna, situamos o movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira e partimos para a análise de uma experiência obtida a partir da pesquisa de mestrado realizada em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), reconhecido por nós como o dispositivo mais inovador nessa trama psiquiátrica que pretende encerrar com: o confinamento asilar e a versão psiquiatrizante da loucura.

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Publicado

2016-04-20

Edição

Seção

Artigos: Relatos de Pesquisa