FREUD, DOSTOIEVSKI E A ÉTICA DA RENÚNCIA

Autores

  • Felipe Barata Amaral Universidade Federal do Pará
  • Ernani Pinheiro Chaves Universidade Federal do Pará

Resumo

O presente artigo tem o objetivo de discutir o modo como Dostoievski contribui para a construção/alargamento do ideal ético de Freud pautado pela renúncia pulsional. Nosso argumento retoma o texto “Dostoievski e o parricídio”, ressaltando, especificamente, os comentários referentes ao modo como o escritor russo facilmente entregava-se aos desígnios de seus desejos, como o caso da paixão pelo jogo. A renúncia, neste caso, desponta como uma operação posterior ao ato e motivada pela culpa. Por esta via, circunstanciamos o circuito pulsional composto pela díade jogo-culpa de modo que este sentimento de culpa seja vislumbrado como um produtor/mandatário de um ato transgressivo, e não um resultado deste. Com isto, a instância responsável por punir o sujeito pelo jogo passaria ao papel daquele que o impulsiona a jogar, para, posteriormente, fazer pesar a culpa sobre seus atos. Isto é, referimo-nos a um supereu impositivo que ordena o gozo.

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Biografia do Autor

Felipe Barata Amaral, Universidade Federal do Pará

Psicólogo, Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Pará

Ernani Pinheiro Chaves, Universidade Federal do Pará

Filósofo, Doutor, Professor da Faculdade de Filosofia e dos Programas de Pós-Graduação em Filosofia, Antropologia e Psicanálise, da UFPA. Realizou estágio na Universidade Técnica de Berlim e na Bauhaus-Universität, de Weimar, na Alemanha. Foi pesquisador visitante na Universidade Técnica de Berlim. 

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Publicado

2017-10-09

Edição

Seção

Artigos: Estudos Teóricos e Ensaios