FECHAMENTO DE ESCOLAS COMO CONTRA-POLÍTICA À EDUCAÇÃO DO CAMPO

THE CLOSING OF SCHOOLS AS A COUNTERPOLICY OF COUNTRYSIDE EDUCATION

Autores

  • Josefa de Lisboa Santos UFS
  • Tereza Simone Santos de Carvalho Instituto Federal de Sergipe (IFS)

Resumo

A Educação do Campo como política pública é uma conquista dos movimentos sociais do campo de luta por terra, por reforma agrária e por um projeto de campo sustentável e que tenha a agricultura camponesa/familiar como centro. Constitui-se em instrumento essencial de resistência e de fortalecimento do campesinato em defesa de seu projeto e de sua reprodução.  Entretanto, as conquistas dos movimentos sociais foram sendo acompanhadas de reveses, dentre estes o fechamento de escolas no campo, fenômeno que se configura como uma contra-política à política de Educação do Campo.  Desse modo, o presente artigo tem como objetivo analisar o fechamento de escolas localizadas no campo brasileiro e sergipano e seus rebatimentos na educação e reprodução cultural dos povos do campo.  Foi feito um levantamento de dados junto ao Censo Escolar/Inep, no período de 1998 a 2020, e pesquisa de campo e bibliográfica.  Os dados revelaram que no Brasil  quase 60% das escolas estaduais e municipais foram fechadas no campo.  Em Sergipe o percentual no período estudado foi de 46,6%.  O fechamento das escolas tem sido acompanhado da redução de matrículas no campo, fato que aponta para um quadro perverso de negação do direito à educação dos povos do campo afetando seu futuro enquanto cidadãos e enquanto camponeses.

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Biografia do Autor

Tereza Simone Santos de Carvalho, Instituto Federal de Sergipe (IFS)

Professora do curso de Graduação em Letras Libras e da Pós-Graduação Latu Sensu Escola da Terra/ Universidade Federal de Sergipe. Membro do Grupo de Pesquisa Relação Sociedade Natureza e Produção do Espaço Geográfico (PROGEO/UFS/CNPQ) e do Laboratório de Estudos Territoriais (LATER),

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Publicado

2023-04-08

Edição

Seção

Artigo: Campo-Rural