O AGROHIDRONEGÓCIO REDESENHA O TERRITÓRIO? CONFIGURAÇÕES GEOAMBIENTAIS NOS TERRITÓRIOS RURAIS DE MUCUGÊ, CHAPADA DIAMANTINA-BA-BRASIL

DOES AGROHYDROBUSINESS REDESIGN THE TERRITORY? GEOENVIRONMENTAL CONFIGURATIONS IN THE RURAL TERRITORIES OF MUCUGÊ, CHAPADA DIAMANTINA-BA-BRAZIL

Autores

  • Débora Paula de Andrade Oliveira Universidade Estadual de Santa Cruz

Resumo

O objetivo do artigo é compreender o território e as configurações geoambientais no contexto do agrohidronegócio no município de Mucugê, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. A pesquisa está alicerçada na análise qualitativa e crítica da realidade. No que tange aos aspectos de ordem teórico-metodológica, o território foi elencado como categoria central de análise. A discussão acerca da questão  agrária e do agrohidronegócio foi alicerçada na leitura das contradições intrínsecas à reprodução e expansão do capitalismo no campo. Paralelamente, buscou-se sistematizar os dados primários e secundários, além da elaboração de mapeamentos e pesquisas de campo in loco, que envolve observações, diálogos e vivências, atrelados a realização de entrevistas semiestruturadas. Na leitura da realidade em questão, constatou-se que o agrohidronegócio transformou os territórios rurais de Mucugê, com a imposição lógicas capitalistas de trabalho na terra. Além das repercussões sociais, relativas à exploração e precarização da força de trabalho no campo, verificou-se também a degradação dos ambientes com os riscos de contaminação dos recursos naturais, decorrentes das aplicações dos agrotóxicos usados nas lavouras do monocultivo de batata inglesa. A implantação da barragem do Apertado, em 1998, acentuou o processo de dominação territorial e concentração fundiária no município, de modo a reduzir o território destinado à agricultura familiar camponesa, que, mesmo em condições tão desfavoráveis, r-existe e em seu modo de vida e viabiliza a produção de alimentos no município.

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Publicado

2023-12-30