O Adesismo político e os debates educacionais do Barão de Abiahy na transição do Império para República
Palavras-chave:
Adesismo., Cultura política., Educação.Resumo
Este artigo aponta como Silvino Elvídio Carneiro da Cunha – o barão do Abiahy, figura atuante da elite política na Paraíba e representante do partido conservador, permaneceu monarquista até as vésperas da proclamação republicana, aderindo ao novo regime estabelecido e ajustando seu discurso envolvendo reformas educacionais para continuar no jogo político em período caracterizado pela coexistência de posicionamentos diante do ordenamento educacional, político e social. Estas discussões, como parte das concorrências políticas, encontravam-se, sobretudo, nos jornais e nos relatórios presidenciais. Percebe-se, assim, uma concepção adesista em vários momentos como: defesa da instrução para os ingênuos, ideário do Ensino Livre e criação de aulas noturnas para o público adulto trabalhador.
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