Mulheres negras no ensino de história

interseccionalidade e representatividade a partir da obra "Quando me descobri negra" (2015)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61895/pl.v18i34.21103

Palavras-chave:

Interseccionalidade, Mulheres Negras, Representatividade

Resumo

Este artigo aborda o conceito de interseccionalidade e representatividade feminina negra no Ensino de História e Cultura Afrobrasileira na Educação Básica, a partir da obra “Quando me descobri negra” (2015) da autora Bianca Santana, problematizamos como as mulheres negras são afetadas cotidianamente pelas diferentes formas de discriminação, preconceito e racismo que interconectam classe, raça e gênero. Além do mais, buscou evidenciar o quanto a sociedade contemporânea se mantém sob as bases do pensamento colonial, que por sua vez, garante a manutenção de privilégios de grupos específicos. Aponta-se ainda uma proposta de descolonialidade do pensamento sociocultural e histórico na medida que enfatiza o fortalecimento da construção de uma identidade feminina negra a partir do uso de literatura no ensino de História.

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Biografia do Autor

Fernanda Martins da Silva, Universidade do Estado de Mato Grosso

Doutora em História social da Cultura

Professora Adjunta do Curso de Lic. em História (FACH - UNEMAT)

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Publicado

2024-07-22

Como Citar

SILVA, Fernanda Martins da; PEREIRA VISCOVINI, Rosiane. Mulheres negras no ensino de história: interseccionalidade e representatividade a partir da obra "Quando me descobri negra" (2015). Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura, São Cristóvão, v. 18, n. 34, p. 15–28, 2024. DOI: 10.61895/pl.v18i34.21103. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/pontadelanca/article/view/21103. Acesso em: 21 dez. 2024.