História(S) do Grupo Forja no ABC: Militância, Memória e Engajamento no Brasil no pós-1964

Autores

  • Katia Rodrigues Paranhos

Resumo

Num dos períodos mais repressivos da história deste país foi possível inventar, criar formas alternativas de luta, reatualizar tradições. Apesar do golpe militar de 1964 e da estrutura sindical corporativa, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo abriu brechas pelas quais foi possível realizar a
mobilização de milhares de trabalhadores em memoráveis greves, simultaneamente à fabricação de outras
práticas sindicais que marcaram de vez o movimento operário no Brasil dos anos 70 e 80. Pretendo destacar inicialmente neste artigo a emergência do chamado "novo sindicalismo" no ABC como um movimento que entrecruza os campos da política e da cultura. Ao mesmo tempo, entendo que o "novo sindicalismo" é uma operação que abrange práticas e representações de múltiplos personagens: jornalistas, advogados, militantes de diferentes organizações revolucionárias (incluindo o próprio PCB), ex-presos políticos e artistas. Nesse contexto, ganha corpo o Grupo de Teatro Forja, ligado ao sindicato, expressão viva do enlace entre sindicalismo e cultura.

Palavras-chave: Movimento operário, ABC paulista, arte engajada, teatro operário, Brasil

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Publicado

2007-10-31

Como Citar

PARANHOS, Katia Rodrigues. História(S) do Grupo Forja no ABC: Militância, Memória e Engajamento no Brasil no pós-1964. Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura, São Cristóvão, v. 1, n. 1, p. 68–82, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/pontadelanca/article/view/3137. Acesso em: 22 dez. 2024.