A CONCEPÇÃO KANTIANA DA CAPACIDADE DO ARBÍTRIO

Autores

  • Antonio Frederico Saturnino Braga PPGLM-UFRJ

Resumo

O objetivo geral do presente trabalho é fazer uma análise da concepção kantiana da capacidade do arbítrio, tal como definida a partir da distinção com a vontade, que no contexto dessa distinção pode ser identificada à razão pura prática. O objetivo específico é propor um esclarecimento da possibilidade das ações moralmente más, descritas como ações que são livremente produzidas pelo arbítrio, mas que estão em desacordo com a lei da liberdade estabelecida pela vontade. A hipótese norteadora do esclarecimento proposto é a de que o arbítrio não deve ser compreendido como um poder de livre escolha, do qual as ações moralmente más seriam manifestações, mas precisa ser compreendido como um poder de intencionar, tentar e de fato cumprir a lei moral estabelecida pela vontade, o que implica que as ações moralmente más manifestam, não o poder do arbítrio, mas um estado de relativa impotência, ou de diminuição do seu poder original, no qual ele cai por desatenção, não por escolha, e do qual ele pode se recuperar graças à contínua atividade legisladora da vontade.

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Publicado

2023-08-28

Como Citar

Saturnino Braga, A. F. (2023). A CONCEPÇÃO KANTIANA DA CAPACIDADE DO ARBÍTRIO. Prometheus - Journal of Philosophy., 15(42). Recuperado de https://periodicos.ufs.br/prometeus/article/view/19588

Edição

Seção

Dossiê Mário Carvalho (1986-2022)