UMA FILOSOFIA DA PERFORMANCE AOS AUSPÍCIOS DE ARTAUD E NIETZSCHE
DOI:
https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v16i44.20874Resumo
O texto argumenta filosoficamente a metafísica e sua busca pela essência da realidade para estabelecer sistemas de conhecimento seguros. Contrapondo essa busca por segurança, alguns pensadores enfatizam a riqueza dos fenômenos da vida, mesmo sem oferecerem garantias. A procura por padrões de modalidade se torna um problema estrutural do pensamento, com visões destacando a importância do caos negligenciado pela tradição. Nietzsche e Artaud são apresentados como figuras que desafiaram verdades estabelecidas, cada um vindo de diferentes contextos - filologia e teatro, respectivamente -, mas compartilhando similaridades em sua abordagem. Ambos expressaram suas ideias de maneira singular através da prosa poética, enfrentando a loucura e a rejeição da sociedade, explorando os abismos de suas próprias consciências em busca de insights valiosos. A busca desses pensadores não se concentrou em discursos intelectuais estruturados, mas na essência dos rejeitos do esclarecimento. Eles são vistos como precursores de uma filosofia da performance, que valoriza a ação como forma de conhecimento e pensamento. O texto explora os significados associados ao termo "performance", desde contextos empresariais até atividades artísticas e encontros sexuais, destacando que todas são formas de ação. A importância dessa perspectiva é ressaltada pela compreensão do poder da ação em moldar o pensamento. A ação é vista como dinâmica, existindo por si mesma, sem referência transcendental. A performance é descrita como um fenômeno precário e esvaziado, desafiando as perspectivas estabelecidas pela realidade circundante e reunindo o pensamento e a vida em um imbricamento confuso. O texto propõe olhar para Nietzsche e Artaud como pensadores originais na construção de uma filosofia da performance, enfatizando a importância da experiência e da ação na busca pela compreensão da realidade. Em suma, representam uma abordagem que desafia concepções tradicionais de pensamento filosófico.