The erotic-philosophical poetry of Sappho
DOI:
https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v15i43.19615Abstract
Quando se trata da Antiguidade grega, o silêncio e o silenciamento das mulheres parecem ser a regra. As mulheres são educadas para se ocultarem no lar e no tear, tarefas silenciosas, porque as mulheres não devem falar em público. Cabe ao homem a tarefa de falar, de pensar, de ser orador, poeta, músico ou filósofo. Mas se ouvirmos atentamente, perceberemos que são muitas as que se recusam a silenciar-se. Safo de Lesbos é uma dessas mulheres da antiguidade que elevou sua voz para que ainda hoje possamos escutá-la, recusou-se a calar-se e se ocupou de uma atividade sobretudo masculina, a poética, mas não para falar como um homem e sim para, a partir da experiência de sua própria feminilidade, nos fazer escutar as questões de seu tempo e de seu pensamento. Em uma época marcada pelas guerras e competições, Safo traz Eros para seus versos expressando, segundo nossa hipótese, a possibilidade de relações diferentes entre as pessoas, relações eróticas, relações marcadas pelo impulso desejante em relação ao outro. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo investigar alguns dos versos que sobraram de Safo em chave filosófica, notadamente no que diz respeito à presença de Eros regendo relações humanas
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