A GUERRA EM MAQUIAVEL: UMA ANÁLISE FILOSÓFICA DE APROPRIAÇÕES TEÓRICAS FEITAS PELAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
DOI:
https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v7i16.2359Abstract
Maquiavel, ao afirmar que a principal atividade do governante é a guerra, sugere fazê-lo de forma definitiva. A guerra pode ser a ocasião que mais põe à prova o poder do governante. Dela ele sai fraco ou digno de glória. Seu poder, no entanto, não se constrói necessariamente por ser o mais forte, mas por ser o “melhor”. Melhor por efetivar os objetivos próprios de um governante e que dizem respeito à conquista e à manutenção do poder. O simples uso da força, mais especificamente, da violência, está longe de ser o meio mais eficaz para efetivá-los. Segundo Maquiavel, encontramos uma espécie de divisão pontual dos afazeres do governante ao lidar com a guerra, sugerindo haver duas maneiras de guerrear: “com obras” ou com a “mente”. Destas formas de guerrear surgem questionamentos sobre sua atualidade em relação ao uso da força nas Relações Internacionais. Portanto, o objetivo deste trabalho é explicitar esses modos de guerra no pensamento de Maquiavel e suas possíveis implicações para a discussão na contemporaneidade das Relações Internacionais.