PANORAMA HISTÓRICO-CONCEITUAL DO CETICISMO ANTIGO
DOI:
https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v7i16.2407Abstract
A história da filosofia é, de certa forma, feita pelas modificações introduzidas pelos filósofos, no sentido dos termos do senso comum e dos conceitos que outros filósofos utilizaram. Tal processo pode ser profundo o suficiente para que o sentido de um termo, quando enunciado pela primeira vez num contexto filosófico específico, possa se tornar algo muito diverso na obra de um pensador posterior. Contudo, assim como o filósofo se apodera de termos do senso comum e os reveste de uma nova roupagem teórica, da mesma forma, agentes de fora da filosofia transformam conceitos filosóficos, por vezes empobrecendo-os e destituindo-os de qualquer profundidade teórica.
Um dos mais importantes exemplos desse processo histórico de transformação dos termos é o termo “cético”. Numa rápida observação do uso corrente de “cético” na atualidade, facilmente se constatará que ele se tornou quase um sinônimo de “cientificista”. Basicamente, hoje o cético é aquele que duvida de tudo aquilo que não pode, ou que não pode ainda, ser provado por meios científicos.