A Crítica de Arte de Ferreira Gullar, e o Debate da Vanguarda no Final dos Anos 1950
DOI:
https://doi.org/10.52052/issn.2176-5960.pro.v9i19.3852Abstract
No “Manifesto Neoconcreto,” o crítico e poeta Ferreira Gullar (1930–) formalizou as divergências que tinham dividido o Concretismo Brasileiro em duas tendências. Originalmente publicado pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM–RJ) no catalogo da exposição, o bem-urdido manifesto apresentou o novo movimento. Depois de analisar as contribuições da poesia e prosa, Gullar escreveu: “É assim que, na pintura como na poesia, na prosa como na escultura e na gravura, a arte neoconcreta reafirma a independência artística em face do conhecimento objetivo (ciência) e do conhecimento prático (moral, política, indústria, etc.).” Essa defesa da autonomia é claramente modernista, acentuando a separação dos diferentes meios, assim como as diferenças da arte em relação à ciência e à moralidade.